O atendimento a dependentes químicos envolve dois procedimentos básicos: primeiro, a manutenção, buscando a reorganização da vida do indivíduo sem o uso da droga e segundo, a desintoxicação, com a finalidade de retirada da droga e de seus efeitos. 

No sistema de saúde brasileiro atual, os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são os responsáveis pelo acolhimento e encaminhamento às unidades hospitalares, de todos os casos de intoxicação/abstinência em relação ao uso de drogas. 

A prescrição de um programa terapêutico para o indivíduo com dependência química exige prévia avaliação individual, realizada exclusivamente por médico psiquiatra, uma vez que o tratamento nunca pode ser iniciado sem um diagnóstico preciso do mal que o acomete. 

O tratamento farmacoterapêutico para dependentes químicos deve ser introduzido apenas se/quando houver quadro de ideação suicida, com risco de vida; para todos os demais casos, os diferentes tipos de terapia ocupacional são os métodos mais eficazes de tratamento. 

A discussão e os cuidados relativos à dependência química, na atualidade, requerem tomá-la a partir do modelo biopsicossocial de saúde, considerando o paciente em sua totalidade e também como um ser ativo no processo saúde/doença.