O início precoce da terapia nutricional pode ser dificultado na fase aguda devido à instabilidade hemodinâmica, hipoperfusão intestinal e gastroparesia, pois tais condições aumentam o risco de intolerância à dieta, de pneumonia associada à ventilação mecânica e, nos casos mais graves, de ocorrência de necrose intestinal não oclusiva. 

A pressão intra-abdominal entre 15 e 20 mmHg é considerada normal no paciente crítico, não sendo contraindicado o início da terapia nutricional enteral nesses casos. 

De acordo com as principais diretrizes, há forte evidência de que a oferta de nutrição enteral via sonda nasoentérica em posição pós-pilórica é mais vantajosa para os pacientes internados em unidades de terapia intensiva. 

Após estabilização do quadro hemodinâmico, deve-se iniciar a nutrição enteral em pacientes críticos com trato gastrointestinal funcionante com 2/3 do volume estabelecido como alvo nutricional e com fórmula enteral oligomérica.