A raposa e o canção
Passara a manhã chovendo, e o cancão todo molhado, sem poder voar, estava tristemente pousado à beira da estrada. Veio a raposa e levou-o na boca para os filhinhos. Mas o caminho era longo e o sol ardente. Mestre cancão enxugou e começou a cuidar do meio de escapar à raposa. Passam perto de um povoado. Uns meninos que brincavam começam a dirigir desaforos à astuciosa caçadora. Vai o cancão e fala: – Comadre raposa, isso é um desaforo! Eu se fosse você não aguentava! Passava uma descompostura!... A raposa abre a boca num impropério terrível contra a criançada. O cancão voa, pousa triunfalmente num galho e ajuda a vaiá-la...
(CASCUDO, Luís da Câmara. Contos tradicionais do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo, EDUSP, 1986, p.183. (Recolhido no Ceará, por Gustavo Barroso (1912)
Qual é a afirmação INCORRETA?