CERTO.

Esta é uma questão do uso do hífen.

O hífen é usado para formar palavras compostas (união de radicais: homem-bomba), separar sílabas (hí-fen) e separar pronomes oblíquos átonos (comprei-a).

Há dezenas de regras para o uso do hífen, dezenas de sufixos e expressões cristalizadas. Contudo, para esta questão, vamos focar no hífen usado para unir prefixos (ou palavras que possam funcionar como prefixos a radicais).

Os principais prefixos cobrados em prova são: Pseudo, Intra, Semi, Contra, Auto, Proto, Neo, Extra, Ultra, Super...

Para melhorar a memorização, os prefixos acima podem formar um mnemônico: P-I-S-C-A-P-N-E-U-S

A lógica do hífen é a seguinte: “os diferentes se atraem”. Ou seja, vogais e consoantes diferentes se unem diretamente, não podendo ser “separadas” por hífen. Por serem “diferentes”, as vogais e consoantes também “se atraem” e não podemos inserir um hífen entre elas, ou separaríamos essa união, essa atração natural.

Então, a regra que você tem que lembrar é a de: Não se usa hífen para unir consoante com vogal.

Exemplo: hiperativo; interescolar; supereconômico; interação.

Há apenas um detalhe que devemos lembrar sobre essa regra: se a consoante após a vogal que termina o prefixo for S ou R, esta deve ser duplicada. Exemplo: minissaia; contrarregra; contrarrazões; contrassenso; ultrassom; antissocial; antirracismo; antirrugas; corresponsável.

Voltando ao enunciado da questão, temos que:

Segundo preconiza o Novo Acordo Ortográfico, o vocábulo “contrassensos” (R.4) é grafado conforme as mesmas regras que antissocial.

Para facilitar, vamos separar prefixo da palavra principal:

Contra + Sensos
Anti + Social

Perceba que em ambos os casos, temos a regra de que se a palavra após o prefixo iniciar por S ou R, esta deve ser duplicada e, portanto, não deve ser usado o hífen.

Portanto, ambas as palavras são formadas pela mesma regra.