O que é a beleza? Será possível defini-la objetivamente, ou será uma noção eminentemente subjetiva, isto é, que depende de cada um? Considere as concepções a seguir, acerca da beleza, predominantes no correr da história da arte.
1 - Para Platão, a beleza é a única ideia que resplandece no mundo. Se, por um lado, ele reconhece o caráter sensível do belo, por outro continua a afirmar a sua essência ideal, objetiva. Somos, assim, obrigados a admitir a existência do “belo em si” independentemente das obras individuais que, na medida do possível, devem se aproximar desse ideal universal.
2 - O filósofo empirista David Hume, numa tentativa de superação da dualidade objetividade-subjetividade, afirmou que o belo é aquilo que agrada universalmente, ainda que não se possa justificá-lo intelectualmente. Para ele, objeto é uma ocasião de prazer, cuja causa reside no sujeito.
3 - Kant relativizou a beleza ao gosto de cada um. Aquilo que depende do gosto e da opinião pessoal não pode ser discutido racionalmente, donde o ditado: “Gosto não se discute”. O belo, portanto, não está mais no objeto, mas nas condições de recepção do sujeito.
4 - Hegel introduziu o conceito de história. A beleza muda de face e de aspecto através dos tempos. E essa mudança (devir), que se reflete na arte, depende mais da cultura e da visão de mundo vigentes do que de uma exigência interna do belo.
O correto está em: