Leia a entrevista realizada com a escritora que, certamente, contribuirá de alguma maneira, para aqueles junto às crianças.

 

P - Poeta, sabemos que considera importante que, nas creches, existam livros para as crianças. Você pode dizer algo interessante, aos profissionais de uma creche, sobre como lidar com esses livros?

 

R - Aproximar os bebês de um livro é a tarefa mágica, que certamente estará formando o futuro leitor.

E há que oferecer o livro como se oferecesse um tesouro. O bebê é sensível a cada gesto e olhar. E a alegria que se estabelece entre a criança, o adulto e o livro é intensa. O bebê toca o livro, arregala os olhos, se espanta, se maravilha ao ver as gravuras.... Assim, esse amor vai sendo construído.

 

P - Roseana, você acha que os adultos devem ler, dizer, poemas para essas criancinhas, mesmo imaginando que elas não os compreendem?

 

R - Claro que sim. Um poema é musical, tem ritmo. Mesmo que não possam entender totalmente o sentido, entendem o suficiente para amar. Adoram as sonoridades do poema.

 

P- A sonoridade da voz do adulto, os sentimentos que ela transmite, podem ajudar as crianças a estabelecerem elos afetivos mais profundos, que as deixem mais tranquilas, confiantes, felizes?

 

R - A cumplicidade que se estabelece entre o adulto e a criança no ato de ler/ouvir uma história ou um poema é imensa. É como se a voz do adulto fosse um meio de transporte aconchegante para outro mundo.

 

P - Você poderia escolher um dos seus belos poemas e oferecê-lo às pessoas que, nas suas atividades profissionais, diariamente participam desse mundo de encantamento da infância?

 

R - É um prazer! Para todos vocês, A pedra azul.

Poema Pedra azul, do livro Armarinho Mágico.

Entrevista concedida pela poeta Roseana Murray no dia 11/01/19.

 

(Livro Armarinho Mágico, Roseana Murray. Ed. Estrela Cultural, RJ,2018)

 

Após ler a entrevista e o poema de Roseana Murray, responda à seguinte questão:

 

Segundo a entrevista e o poema da autora, “a sonoridade das palavras” lidas para uma criança e “a pedra azul" têm em comum o poder de: