GABARITO: ALTERNATIVA C.

A questão exige conhecimentos sobre divisão silábica.

O enunciado requer uma alternativa que apresenta corretamente a separação silábica da palavra.

Nesse caso, apenas a alternativa C está correta, vejamos:

C. at – mos – fe – ra

Observe que a palavra “atmosfera” se classifica como uma polissílaba, pois é constituída por mais de três sílabas. Repare também que as consoantes “t” e “m”, uma é seguida da outra em sílabas distintas, formam um encontro consonantal separável.

A questão não cobra sobre acentuação, mas aproveitamos para relembrar que não recebe acento por se uma palavra paroxítona, penúltima sílaba tônica, terminada em “a”.

As demais alternativas apresentam separações silábicas incorretas, vejamos:

A. Te – rra

A palavra “Terra” deveria ter cada uma das consoantes “r” separada em sílabas distintas: Ter – ra. Nesse caso, há um dígrafo consonantal, que são duas consoantes formando um único som.

B. ci – en – ti – sta

A palavra “cientista” deveria ter a consoante “s” compondo a penúltima sílaba, pois não se separam letras representativas da mesma sílaba (ci – en – tis – ta).

D. sup – er – fí – ci – e

A palavra “superfície” deveria ter a consoante “p” compondo a antepenúltima sílaba, pois não se separam letras representativas da mesma sílaba (su – per – fí – cie).

Agora, atenção! Normalmente, justifica-se a acentuação da referida palavra por ser uma paroxítona terminada em ditongo (su – per – fí – cie), no entanto, conforme o Novo Acordo, por terminar em ditongo crescente, entra na regra dos proparoxítonos ocasionais, eventuais (su – per – fí – ci – e).

E. ba – rra – da

A palavra “barrada” deveria ter cada uma das consoantes “r” separada em sílabas distintas: bar – ra – da. Nesse caso, há um dígrafo consonantal, que são duas consoantes formando um único som.

Vamos aproveitar para revisar o assunto com os ensinamentos do gramático Cegalla:

A divisão silábica faz-se pela silabação, isto é, pronunciando as palavras por sílabas. Na escrita, separam-se as sílabas por meio do hífen:

• Regra geral: Na escrita, não se separam letras representativas da mesma sílaba.

• Regras práticas:

• Não se separam letras que representam:

a) ditongos: cau – le, trei – no, ân – sia.

b) tritongos: Pa – ra – guai, quais – quer, sa – guão.

c) os dígrafos ch, lh, nh, gu e qu: fa – cha – da, co – lhei – ta, fro – nha.

d) encontros consonantais inseparáveis: re – cla – mar, re – ple – to, pa – trão.

• Separam-se as letras que representam os hiatos: sa – ú – de, Sa – a – ra, sa – í – da.

• Contrariamente à regra geral, separam-se, por tradição, na escrita, as letras dos dígrafos rr, ss, sc, sç, e xc:

guer – ra, sos – se – go, pis – ci – na, des – çam.

• Separam-se, obviamente, os encontros consonantais separáveis, obedecendo-se ao princípio da silabação:

ab – do – me, ad – je – ti – vo, de – cep – ção, Is – ra – el, sub – ma – ri – no.

• O x com valor fonético de /cs/ junta-se à vogal seguinte (quando houver):

fi – xar, com – ple – xo, tó – xi – co, re – fle – xão.

• Na divisão silábica, não se levam em conta os elementos mórficos das palavras (prefixos, radicais, sufixos):

de – sa – ten – to, di – sen – te – ri – a, tran – sa – tlân – ti – co.

Fonte: CEGALLA, Domingos Paschoal. Novíssima Gramática da Língua Portuguesa. 48ª. ed. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2010, pág. 36-37.