Questão
2018
CESGRANRIO
Petróleo Brasileiro (PETROBRAS)
Geofísico Júnior - Geologia (PETROBRAS)
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A imagem sísmica “TecVA” interpretada abaixo, migrada em tempo, realça a trama de soleiras e diques de diabásio, presentes na seção sedimentar da Bacia do Parnaíba.


SANTOS, S.F.; et al. Sistemas petrolíferos e modelos de acumulação de hidrocarbonetos na Bacia de Santos. Boletim de Geociências da Petrobras, v. 22 (2), 2014. p. 261.

Com base nessa imagem, verifica-se que na Bacia do Parnaíba
A
o processamento especial por inversão acústica dos dados sísmicos convencionais, através do qual observa-se uma forte anomalia de amplitude negativa no topo das intrusões, evidencia a justaposição de soleiras menores.
B
o modelo de trapeamento é em salto de soleiras, apesar de ainda não ter sido testado na bacia, e pode configurar-se em importante play exploratório, uma vez que esses saltos podem ocorrer durante a deposição do reservatório, gerando barreiras de permeabilidade.
C
a geometria e o mecanismo de intrusão nos grábens precursores são importantes na identificação de trapas, capazes de armazenar reservas de óleo e gás, uma vez que esses eventos ígneos foram contemporâneos à deposição dessa coluna sedimentar.
D
os basaltos pahoehoe, observados nas soleiras da Sequência Siluro-devoniana, são os responsáveis pelo trapeamento de grande parte da acumulação de gás, atualmente em produção nos campos de Gavião Branco e Gavião Real.
E
as soleiras e os diques podem ter fornecido calor suficiente para promover a geração de hidrocarbonetos, principalmente gás, uma vez que as altas temperaturas enfrentadas pelas rochas encaixantes, durante essas intrusões, foram suficientes para realizar o craqueamento térmico da matéria orgânica, servindo, também, como rotas efetivas de migração.