Ao final do século XIX acreditava-se que o “atraso” brasileiro devia-se a um conjunto de fatores bastante diversos. Nas explicações intelectuais e nas versões mais populares misturavam-se o meio, o clima, e a raça, assim como a pretensa degeneração do caráter do brasileiro, leia-se, mestiço – indolente, prevaricador, preguiçoso, lascivo –, a ausência de cultura – leia-se, civilização aos moldes europeus ocidentais –, e o passado de colonização lusa.
(Eduardo França Paiva, De português a mestiço: o imaginário brasileiro sobre a colonização e sobre o Brasil. Em Lana Mara de Castro Siman e Thais França de Lima e Fonseca (orgs.), Inaugurando a História e construindo a nação; discursos e imagens no ensino de História. Adaptado)
No seu artigo, Eduardo França Paiva, referindo-se à historiografia atual, considera que a análise presente no excerto