Questão
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Instituto EXCELÊNCIA
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Assistente Social (Pref Quinta do Sol/PR)
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Enfermeiro (Pref Quinta do Sol/PR)
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Fiscal de Tributação (Pref Quinta do Sol/PR)
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Professor de Ciências (Pref Quinta do Sol/PR)
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Professor de Geografia (Pref Quinta do Sol/PR)
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Professor (Pref Quinta do Sol/PR)
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Psicólogo (Pref Quinta do Sol/PR)
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O ecletismo da felicidade

“Com o capitalismo de consumo, o hedonismo se impôs como um valor supremo e as satisfações mercantis, como o caminho privilegiado da felicidade. Enquanto a cultura da vida cotidiana for dominada por esse sistema de referência, a menos que se enfrente um cataclismo ecológico ou econômico, a sociedade de hiperconsumo prosseguirá irresistivelmente em sua trajetória. Mas, se novas maneiras de avaliar os gozos materiais e os prazeres imediatos vierem a luz, e uma outra maneira de pensar a educação se impuser, a sociedade de hiperconsumo dará lugar a outro tipo de cultura. A mutação decorrente será produzida pela invenção de novos objetivos e sentidos, de novas perspectivas e prioridades na existência. Quando a felicidade for menos identificada à satisfação do maior número de necessidades e à renovação sem limites dos objetos e dos lazeres, o ciclo de hiperconsumo estará encerrado. Essa mudança sócio-histórica não implica nem renúncia ao bem-estar material, nem desaparecimento da organização mercantil dos modos de vida; ela supõe um novo pluralismo de valores, uma nova apreciação da vida devorada pela ordem do consumo volúvel. Muitas são as razões que levam a pensar que a cultura da felicidade mercantil não pode ser considerada um modelo de vida boa. São suficientes, no entanto, para invalidar radicalmente seu princípio?

Porque o homem não é Uno, a filosofia da felicidade tem o dever de fazer justiça as normas ou princípios de vida antitéticos. Temos de reconhecer a legitimidade da frivolidade hedonística ao mesmo tempo que a exigência da construção de si pelo pensamento e pelo agir. A filosofia dos antigos procurava formar um homem sábio que permanecesse idêntico a si próprio, querendo sempre a mesma coisa na coerência consigo e na rejeição do supérfluo. Isso é de fato possível, de fato desejável? Não o creio. Se, como sublinha Pascal, o homem é um ser feito de ‘contrariedades’, a filosofia da felicidade não tem de excluir nem a superficialidade nem a ‘profundidade’, nem a distração fútil nem a difícil constituição de si mesmo. O homem muda ao longo da vida e não esperamos sempre as mesmas satisfações da existência. Significa dizer que não poderia haver outra filosofia da felicidade que não desunificada e pluralista: uma filosofia menos cética que eclética, menos definitiva que móvel.

No quadro de uma problemática ‘dispersa’, não é tanto o próprio consumismo que compete denunciar, mas sua excrescência ou seu imperialismo constituindo obstáculo ao desenvolvimento da diversidade das potencialidades humanas. Assim, a sociedade hipermercantil deve ser corrigida e enquadrada em vez de posta no pelourinho. Nem tudo é para ser rejeitado, muito é para ser reajustado e reequilibrado a fim de que a ordem tentacular do hiperconsumo não esmague a multiplicidade dos horizontes da vida. Nesse domínio, nada está dado, tudo está por inventar e construir, sem modelo garantido. Tarefa árdua, necessariamente incerta e sem fim, a conquista da felicidade não pode ter prazo. 

[...] Lutamos por uma sociedade e uma vida melhor, buscamos incansavelmente os caminhos da felicidade, mas o que nos é mais precioso - a alegria de viver - , como ignorar que sempre nos será dada por acréscimo?”

“LIPOVETSKY, Gilles. A felicidade paradoxal. São Paulo: Companhia das Letras, 2007. p. 367-370.

No primeiro parágrafo do texto de Lipovetsky o autor afirma que: “ Com o capitalismo de consumo, o hedonismo se impôs como um valor supremo…” Assinale a alternativa que corresponde a palavra hedonismo.
A
(...) a busca pelo prazer.
B
(...) a busca pelo bem-estar.
C
(...) a busca pelo consumo.
D
(...) a busca pela mudança.