A construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré/EFMM é o mais notável episódio da colonização do alto
Madeira no raiar o século XX. A obra havia sido idealizada desde finais da década de 1840 pelo engenheiro
boliviano José Augustin Palácios e, a partir da segunda metade do século XIX, pelo militar e investidor norte americano George Earl Church, que pretendia superar as dificuldades do transporte fluvial na área
encachoeirada do alto Madeira e Mamoré através da implantação de uma ferrovia que cortasse as selvas locais. A obra foi levada a cabo através do empresário Percival Farquhar, que procedeu à construção da EFMM. Pode-se
afirmar em relação à ferrovia Madeira Mamoré:
Questão
2015
FUNCAB
Secretaria de Estado da Educação de Rondônia
Professor Nível B - Ciências da Linguagem Intercultural (SEDUC RO)
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A
A ferrovia de 576 km que ligava Porto Velho, no rio Madeira, a Guajará-Mirim, no rio Mamoré, era considerada,
na ocasião, uma das obras de engenharia já ultrapassada e desnecessária, uma vez que o comércio de borracha amazônica entrava em decadência. Após oito anos (1903/1912) de construção, o empreendimento
consumiu milhares de vidas, seja por doenças como por conflitos.
B
Os custos de construção da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré foram minimizados graças à precoce abertura
das Linhas Telegráficas de Rondon, que dessa forma poupou aos empreiteiros da ferrovia o pior desgaste humano nos trabalhos de desmatamento e urbanização da região abrangida pela Linha Férrea.
C
As primeira tentativas de construção da EFMM foram bem sucedidas, mas seus esforços foram interrompidos
por ocasião da Proclamação da República no Brasil.
D
Em 25 de maio de 1976, depois de mais de meio século de atividades, a Estrada de Ferro Madeira-Mamoré
foi definitivamente desativada e erradicada pelo 5º Batalhão de Engenharia e Construção, sob as ordens do então Presidente da República Costa e Silva.
E
A ferrovia Madeira-Mamoré contornava o trecho de cachoeiras dos rios Madeira e Mamoré, que por séculos
dificultaram a colonização e exploração da região, limitando a navegação e o aproveitamento dos recursos naturais locais. A obra fazia parte dos acertos entre o Brasil e a Bolívia, contidos no Tratado de Petrópolis assinado em 1903.