O Golpe Militar de 1964 influenciou o surgimento da Psicologia Comunitária, uma vez que levou psicólogos(as) a se questionarem sobre seu papel na conscientização e organização da população.

A crise da psicologia como ciência, marcada pela antipsiquiatria, abalou os conceitos de doença mental, deslocando o problema para a questão da saúde mental e ações preventivas junto às populações mais pobres.

A Psicologia Comunitária surge nos Estados Unidos e na América Latina, referindo-se à atuação de profissionais junto a populações carentes, porém a maioria dos trabalhos dessa época tinham um forte cunho assistencial, utilizando técnicas e procedimentos sem a necessária análise crítica.

Em 1970, médicos e psiquiatras preocupados com a saúde pública criaram centros comunitários de saúde mental que representaram uma ruptura completa e estrutural com os hospitais psiquiátricos clássicos, promovendo mudanças significativas no modelo de atendimento e visão comunitária.

A Psicologia Comunitária foi impactada com o movimento de educação popular, inspirado por Paulo Freire, tendo a participação de psicólogos, pedagogos e outros profissionais com foco na conscientização da cidadania.