Questão
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Analista de Gestão do Trabalho (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Analista de Laboratório (FSNH RS)
2020
AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Arquiteto (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Assistente Social (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Contador (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Enfermeiro Saúde Mental (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Enfermeiro do Trabalho (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Engenheiro Segurança do Trabalho (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Farmacêutico (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Fisioterapeuta (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Fonoaudiólogo (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Nutricionista (FSNH RS)
2020
AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Odontólogo (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Odontólogo ESF (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Perfusionista (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Psicólogo (FSNH RS)
2020
Instituto AOCP
Fundação de Saúde Pública de Novo Hamburgo (RS)
Terapeuta Ocupacional (FSNH RS)
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A conexão açúcar-opioides O açúcar e os adoçantes agem sobre os mesmo receptores cerebrais afetados pelo ópio

Bruno Garattoni e Eduardo Szklarz

Em 1991, cientistas da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, demonstraram que a sacarose (açúcar comum) tem efeito analgésico.

Bebês que tomaram 2 ml de um solução contendo 12% dessa substância, logo antes de um exame de sangue, choraram 50% menos com a agulhada do que os demais, que haviam ingerido 2 ml de água. É um efeito interessante (e que também foi verificado no procedimento de circuncisão), mas não prova uma ação direta, neuroquímica, sobre o cérebro: os bebês, afinal, talvez só estivessem distraídos com o sabor do açúcar.

Cinco anos mais tarde, pesquisadores da Universidade Tufts, também nos EUA, deram um passo à frente: provaram que, em ratos de laboratório, o açúcar potencializava o efeito da morfina, um analgésico opioide. Nas cobaias que haviam sido alimentadas com sacarose ao longo de três semanas, a injeção de morfina chegava a ser duas vezes mais potente. Parecia haver, portanto, uma relação entre os receptores opioides (que existem por todo o sistema nervoso e respondem a substâncias produzidas pelo organismo, como a endorfina, bem como a medicamentos derivados do ópio, como a morfina e a heroína).

Em seguida, os cientistas tiveram a ideia de testar a naloxona, um remédio usado para tratar o vício em morfina e heroína. Ele se encaixa nos receptores opioides, reduzindo a síndrome de abstinência dessas drogas (que é fortíssima, podendo até matar). E, em ratos, também teve outro efeito: fez com que os bichinhos comessem menos açúcar. Com os receptores opioides ocupados pela naloxona, o cérebro da cobaia ficava satisfeito, e ela não sentia vontade de comer açúcar. Essa hipótese também foi testada em humanos, num estudo da Universidade de Michigan, que administrou naloxona para 40 mulheres. O medicamento cortou a vontade de ingerir doces. Mas isso só aconteceu nas voluntárias que tinham o hábito de comer muitos alimentos açucarados – sugerindo que elas haviam se tornado, de alguma forma, neurologicamente dependentes do açúcar.

Em 2005, cientistas da Universidade de Princeton finalmente conseguiram demonstrar o mecanismo do vício em açúcar, condicionando ratos a comer alimentos doces. Quando isso acontecia, seus cérebros disparavam dopamina (neurotransmissor associado a situações prazerosas). Depois de algum tempo, o cérebro se adaptava a um nível aumentado dessa substância, reduzindo a quantidade de receptores de dopamina – e aumentando o número de receptores opioides, mudanças similares às observadas em cobaias viciadas em heroína.

Adaptado de “Revista Superinteressante”: https://super.abril.com.br/especiais/como-a-comida-controla-ocerebro/. Acesso em : 09 abr. 2021.

A partir da leitura do texto, assinale a alternativa correta.
A
Desde 1991, já é conhecida a dinâmica cerebral entre açúcar, receptores de dopamina e receptores opioides.
B
No texto, há a defesa de que o açúcar deve ser eliminado da alimentação humana, pois causa o mesmo tipo de dependência química que a heroína.
C
O teste com naloxona teve resultados radicalmente distintos em ratos e em humanos.
D
Os resultados do experimento realizado em 1991 foram inconclusivos quanto à ação neuroquímica do açúcar na diminuição da dor.
E
O estudo da Universidade de Michigan demonstrou que a dependência neurológica em açúcar só ocorre em mulheres.