Uma corrente de pensamento onde aparece com uma proposta mais abrangente tanto temporariamente quanto aos novos objetos de estudo e novas abordagens e, portanto uma nova metodologia que se enveredasse nas interdisciplinaridades para passar de discursos teóricos para a prática, como uma maneira de redescobrir o homem. Alargou o âmbito da disciplina de História, solicitando a confluência das outras ciências, em particular da Sociologia e da Filosofia, e, de maneira mais geral transforma a história ampliando o seu objeto para além do evento e inscrevendo-o na longa duração. O papel do testemunho histórico muda: permanece no centro das preocupações do historiador, mas já não é o objeto, senão o que se considera como um útil para construir a história, útil que pode ser obtido em qualquer domínio do conhecimento.

Uma modalidade historiográfica que privilegia os modos de pensar e de sentir dos indivíduos de uma mesma época onde se determina como estudo das mediações e da relação dialética entre, de um lado, as condições objetivas da vida dos homens e, de outro, a maneira como eles a narram e mesmo como a vivem centrada nas visões de mundo, do sistema de crenças, de valores e de representações próprios a uma época ou grupo e designação ajustava-se à necessidade de explicar o que de mais fundo persiste e dá sentido à vida material das sociedades, ou seja, as ideias que os indivíduos formam das suas condições de existência que comandam de forma imperativa a organização e o destino dos grupos humanos.

Uma linha de pensamento onde é dito que cada geração tem o direito de reescrever a história. Na esfera acadêmica, a revisão das maneiras de compreender o passado é parte da tarefa do historiador; usa documentos históricos de todos os aspectos para detectar se há possibilidade de revisar um determinado fato histórico se dedicando ao uso político da história, usando a História como uma arma para a transformação social.

Parte da historiografia que ofereceu uma perspectiva importante para a compreensão do passado; mostrou a importância das pessoas nos feitos históricos e mostrou que grandiosos homens hoje homenageados não fizeram a História sozinha; conseguiu perceber as individualidades e ser estabelecer popularmente nos meios da educação social como marco ativo na construção da História, empregou um olhar histórico que foi muito além das balizas teóricas e ideológicas pertinentes ao que se tinha como quase dogma entre os inspirados seguidores dessa metodologia historiográfica.