Questão
2015
CS UFG
Prefeitura Municipal de Caldas Novas (GO)
Agente de Obras Públicas (Pref Taquaral de Goiás/GO)
2015
CS UFG
Prefeitura Municipal de Caldas Novas (GO)
Agente de Turismo (Pref Caldas Novas/GO)
2015
CS UFG
Prefeitura Municipal de Caldas Novas (GO)
Agente Funerário (Pref Caldas Novas/GO)
2015
CS UFG
Prefeitura Municipal de Caldas Novas (GO)
Atendente Procon (Pref Caldas Novas/GO)
2015
CS UFG
Prefeitura Municipal de Caldas Novas (GO)
Auxiliar Técnico em Planejamento (Pref Caldas Novas/GO)
2015
CS UFG
Prefeitura Municipal de Caldas Novas (GO)
Cerimonialista (Pref Caldas Novas/GO)
2015
CS UFG
Prefeitura Municipal de Caldas Novas (GO)
Fotógrafo (Pref Caldas Novas/GO)
2015
CS UFG
Prefeitura Municipal de Caldas Novas (GO)
Mecânico de Máquinas e Veículos (Pref Caldas Novas/GO)
2015
CS UFG
Prefeitura Municipal de Caldas Novas (GO)
Mestre de Cerimônia (Pref Caldas Novas/GO)
2015
CS UFG
Prefeitura Municipal de Caldas Novas (GO)
Mestre de Mecânico (Pref Caldas Novas/GO)
2015
CS UFG
Prefeitura Municipal de Caldas Novas (GO)
Mestre Geral de Obras (Pref Caldas Novas/GO)
2015
CS UFG
Prefeitura Municipal de Caldas Novas (GO)
Recepcionista de Eventos (Pref Caldas Novas/GO)
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O caso de Mana

 O caso de Dona Miguelina, sem o colorido dos detalhes que foram por conta de minha bisavó, muito mais resumido e sem a parte final, inda é contado e repetido em Goiás. Quando se conversa em assombração, vem sempre a estória da vela que virou osso de canela.

Um século depois, em dias mais recentes, Mana Abrantes, nascida e criada nestas casas de Goiás, contemporânea de minha gente, que inda está viva, espírito forte, emancipado e descrente de assombração e de almas do outro mundo, resumindo todo o contado em ignorância, baboseiras e “coisas daquele tempo”, ouvindo sempre esse caso da Procissão das Almas, disse terminantemente que não acreditava, que não tinha medo e que havia ainda de fazer uma experiência.

Como Dona Minguta do século passado, Mana morava também na Rua da Abadia e, numa boa sexta-feira da Quaresma, resolveu tirar a limpo aquela superstição. Pôs-se na janela de sua casa escura e de porta fechada, sendo, por coincidência, sua casa de rótulas, uma das restantes da cidade.

Tal como Dona Miguta, ficou esperando do lado de dentro.

Esperou, esperou... Nada viu mesmo de extraordinário. Passantes vivos que se recolhiam. Gente de carne e osso e de cara descoberta que subia ou descia. Um cachorro que caminhou pela calçada, um gato que atravessou a rua. Tudo natural, naturalíssimo. Desanimada e vitoriosa ao mesmo tempo, deixou o observatório e acabava de fechar os tampos de dentro da janela quando ouviu claramente a voz de uma sua tia, falecida havia muito tempo, dizer a ela:

– Então, não viu nada mesmo, hem Mana...

Mana Abrantes, de um salto, alcançou a alcova e caiu desacordada no assoalho.

CORA CORALINA. Estórias da casa velha da ponte. 4 Ed. São Paulo: Glo- bal Editora, 1987, p. 25-26.

O enunciado “caiu desacordada no assoalho” corresponde a
A
desmaiou.
B
relaxou.
C
morreu.
D
adormeceu.