Questão
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Técnico em Educação (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Psicólogo (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Matemática (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Língua Brasileira de Sinais - Libras (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Português (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Inglês (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de História (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Geografia (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Filosofia (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Ensino Fundamental (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Espanhol (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Educação Infantil (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Educação Física (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Ciências (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Atendimento Educacional Especializado (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Professor de Artes (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Fonoaudiólogo (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Especialista em Assuntos Educacionais - Supervisor Escolar (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Especialista em Assuntos Educacionais - Orientador Escolar (Pref Biguaçu/SC)
2015
FAEPESUL
Prefeitura Municipal de Biguaçu (SC)
Auxiliar de Sala (Pref Biguaçu/SC)
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
and-34-Poblema-ou468d9ede2fd
"Poblema ou pobrema? 
 
Quantas vezes já disse que um cronista não precisa de inspiração? Precisa de amigos e de olhos e ouvidos abertos. Uma cidade como São Paulo está cheia de assuntos em cada esquina. Eles ficam à espreita e nos agarram pelas pernas. Há quem procure desvencilhar-se, mas há quem puxe o laço e prenda o tema. Depois, é sentar-se diante do computador e tentar fazer com que a crônica reflita o cotidiano da cidade. [...] Dias desses, me telefonou um amigo, Gilberto Lehfeld, o que foi diretor da CET. Vez ou outra, ele me conta histórias. Muita coisa de trânsito que saiu aqui foi passada por ele. Gilberto estava apressado: "Preciso te contar logouma história maravilhosa". Ele tem uma parente que é professora na periferia. Mulher que todos os dias toma ônibus e segue para sua escola. Ela tem sorte de apanhar a condução em um horário que não e de pico, portanto dá para sentar-se com certa comodidade. Um dia, ela estava absorta olhando a mesma paisagem monótona e feia dos subúrbios: casas inacabadas, espeluncas com uma mesa de bilhar debaixo de um puxado, mercadinhos rodeados por grades, água de serventia correndo pelo meio de ruas sem calçamento. Então, duas mulheres entraram e sentaram-se no banco da frente. A mais moça dizia: 
- Ando tão preocupada. 
- Com o que, minha flor? 
- Com duas palavras. 
- Que coisa, minha flor! Cada vez você tem uma palavra que te deixa perturbada. Que palavras são essas que te perturbam tanto? 
- Poblema e pobrema. 
- Não acredito que você não sabe. 
- Não sei e já perguntei a um mundo de gente.Tem quem me diz que é probema. Como é que a gente faz para descobrir o que as palavras querem dizer? 
- Sei lá! Perguntar para um professor? 
- Vou ter de ir ao grupo escolar? 
- Por sorte, eu sei o que quer dizer poblema e pobrema. 
- Jura? Por que não me disse? 
- Ia dizer. É tão fácil. 
- Diz logo, mulher. 
- Minha flor, poblema é quando você tem um poblema em casa. Com o marido, com os filhos, com a mãe, com uma parente. Aí é poblema. - E pobrema? 
- É pobrema de escola. Aquelas contas que as professoras dão para a gente fazer. Quanto mais difícil, maior o pobrema. Entendeu? 
- Entendi. E por que não pensei nisso? Fiquei com um pobrema na cabeça e não precisava. Não era pobrema, era poblema. Por que esse era um pobrema, não? 
Virou-se para a janela, feliz da vida, contente por ter decifrado o mistério das palavras." 

(Ignácio de Loyola Brandão, Ed. Ática, 2003, pp.47-49) 

Segundo Ignácio de Loyola Brandão, para escrever crônicas é preciso estar atento à vida que acontece todos os dias. É, pois, a vivência sendo transformada em narrativa, em história. Em qual passagem do texto em questão, essa explicação de crônica pode ser comprovada?
A
"Muita coisa de trânsito que saiu aqui me foi passada por ele".
B
"... um cronista não precisa de inspiração". 
C
"... há quem puxe o laço e prenda o tema."
D
"... reflita o cotidiano da cidade." 
E
"Virou-se para a janela, feliz da vida, contente por ter decifrado o mistério das palavras".