ERRADA

Não é o caso em questão, uma vez que a metonímia é a substituição de uma palavra ou expressão por outra que mantém relação de proximidade no sentido. Essa substituição pode ser feita de diversas maneiras. Desse modo, didaticamente, podemos ilustrar com alguns exemplos:

"Antes do exercício, tomei um copo d'água" (copo com água)
"Na aula de hoje, vamos ler Machado de Assis" (a obra de Machado de Assis)
"Após a morte do Rei, houve uma forte disputa pela coroa" (coroa no sentido de poder)
"Ele é um bom garfo" (guloso)
"Ontem fui para a tia Carmem" (para a casa da tia Carmem)
"Sobrara como uma relíquia entre os blocos enormes de cimento, tijolo e ferro" (a construção)

Perceba que, de modo geral, pode ser trocado o inventor pelo invento, a coisa pelo lugar, a matéria pelo produto, o símbolo pela coisa a ser simbolizada, o continente pelo conteúdo, entre outros.

No trecho em questão, ocorre um paradoxo, uma vez que, as palavras, por serem opostas quanto ao sentido, se fundem em um enunciado, gerando uma contradição lógica/ideológica. A diferença básica entre antítese e paradoxo é que aquela opõe palavras que já são de naturezas opostas, já este opõe ideias propriamente ditas, causando contradição. Vejamos alguns exemplos:

“Sendo a sua liberdade, era a sua escravidão.” (Vinicius de Moraes)
“Se você quiser me prender, vai ter que saber me soltar.” (Caetano Veloso)
"Estou cego e vejo" (Carlos Drummond de Andrade)