Questão
2009
FADESP
Prefeitura Municipal de Almeirim (PA)
Professor Nível II - História (Pref Almeirim/PA)
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“O adestramento da criança [escrava] também se fazia pelo suplício. Não o espetaculoso, das punições exemplares (reservadas aos pais), mas o suplício do dia a dia, feito de pequenas humilhações e grandes agravos. Houve crianças escravas que, sob as ordens de meninos livres, se puseram de quatro e se fizeram de bestas”.

(José Roberto Góes e Manolo Florentino. “Crianças escravas, crianças dos escravos”. In PRIORE, Mary del (org.). História das crianças no Brasil. São Paulo: Contexto, 2000, p. 186.

O trecho acima retrata uma dramática face da escravidão africana no Brasil colonial: a escravidão de crianças. Sobre esta escravidão e nela o papel da família, é correto afirmar que a criança escrava
A
recebia o mesmo tratamento desigual e discriminatório que os adultos. Não podia brincar e trabalhava junto aos seus pais. Seus castigos eram punições públicas e exemplares com chicotes e bolos.
B
tinha um tratamento especial até completar oito anos. Como o senhor de escravos tinha interesse em fazer a criança crescer, ele bem a alimentava e a trazia para perto de si. Depois desta idade, a criança passava para a senzala sendo novamente percebida como escravo.
C
era adestrada e não educada para se portar como um escravo. A criança quase não tinha direito à infância, trabalhava cedo, mas o que mais chamava a atenção era a forma como os filhos dos senhores e dos homens livres a tratavam desde cedo: com discriminação e preconceito.
D
era tratada de forma desigual e desumana. As crianças eram submetidas a duros trabalhos no eito ou nas minas e separadas ainda pequenas de suas mães, sendo criadas prisioneiras pelas senhoras na casa-grande onde eram vistas como mais um objeto da casa, sem nenhuma vontade.