GABARITO: ALTERNATIVA D.

A questão exige conhecimentos sobre acento diferencial.

O enunciado requer uma alternativa que apresenta o emprego do acento diferencial.

Nesse caso, apenas a alternativa D está correta, vejamos:

D. Pôde.

Observe que o Novo Acordo Ortográfico não eliminou este acento diferencial, pois é necessário para diferenciar os tempos verbais, ou seja, “pôde” indica o tempo pretérito perfeito do modo indicativo e “pode” indica o tempo presente do modo indicativo.

As demais alternativas apresentam apenas palavras que recebem acento agudo, ou seja, não são acentos diferenciais, vejamos:

A. Amém.

A palavra “amém” possui a última sílaba tônica (a – mém), portanto, é acentuada pela regra das oxítonas, a qual estabelece que são acentuadas as que terminam em a(s), e(s), o(s), em(ns).

B. Sábia

A palavra “sábia” possui a penúltima sílaba tônica (sá – bia), portanto, é acentuada pela regra das paroxítonas, a qual estabelece que são acentuadas as que terminam em ditongo.

C. Pública.

A palavra “pública” possui a antepenúltima sílaba tônica (pú – bli – ca), portanto, é acentuada pela regra das proparoxítonas, a qual estabelece que todas são acentuadas.

Vamos aproveitar para revisar o assunto, sobre os acentos diferenciais, com os ensinamentos da professora Adriana Figueiredo:

Acentos diferenciais: quanto aos acentos diferenciais, após o Novo Acordo Ortográfico, só permanecem os seguintes:

a) ter, vir e derivados na 3ª pessoa do plural do presente do indicativo.

Exs.: eles têm, retêm, vêm, intervêm;

b) de intensidade (que é o acento que diferencia um vocábulo átono do tônico): pôr (verbo no infinitivo), para diferenciar da preposição por.

c) de timbre, que é o acento que diferencia o timbre fechado do timbre aberto: pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito), para diferenciar da forma pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo).

Observação: O Novo Acordo Ortográfico determinou também que o acento do substantivo fôrma seria facultativo, para diferenciar tal vocábulo do substantivo forma. Assim, o que se entende é que ele só seria utilizado nas situações em que se pudesse encontrar alguma dificuldade de intelecção. Por exemplo:

• A forma da fôrma do bolo é criativa.

Aqui, se não usássemos o acento, o leitor poderia ter dificuldades para entender a essência da informação.

Fonte: FIGUEIREDO, Adriana. Gramática Comentada para Concurso Público. 5ª. ed. São Paulo: Editora Saraiva, 2017, pág. 32-33.