Texto 2
Mote
Com o grito do dinheiro
A justiça não se apruma
Glosas
Ante o seu brado guerreiro,
A honra desaparece,
A razão empalidece,
Com o grito do dinheiro;
O sujeito interesseiro,
Que com ele se acostuma,
De qualquer forma se arruma,
Desconhece o próprio pai,
Pois onde dinheiro vai,
A justiça não se apruma.
Movimenta o mundo inteiro
Este metal cobiçado,
Fica tudo alvoroçado
Com o grito do dinheiro,
Onde ele forma um berreiro,
Não respeita coisa alguma,
Grita, guincha, berra, espuma,
Derruba a lei do conceito,
A justiça não se apruma.
SILVA, Antonio Gonçalves da [Patativa do Assaré]. Inspiração nordestina. São Paulo: Hedra, 2003. p. 245. (Coleção Literatura Popular). Disponível em: <http://books.google.com.br>. Acesso em: 09 jun. 2010.
No verso “A justiça não se apruma”, do texto 2, o sujeito “A justiça” do verbo “apruma” é: