Texto 1
Mas o ser do qual não é possível pensar nada maior, não pode existir somente na inteligência. Se, pois, existisse apenas na inteligência, poder-se-ia pensar que há outro ser existente também na realidade; e que seria maior. Se, portanto, o ser do qual não é possível pensar nada maior, existisse somente na inteligência, esse mesmo ser, do qual não se pode pensar nada maior, tornar-se-ia o ser do qual é possível, ao contrário, pensar algo maior: o que certamente, é absurdo. Logo, o ser do qual não se pode pensar nada maior existe, sem dúvida, na inteligência e na realidade.
(ANSELMO. Proslógio, 2. São Paulo: Nova Cultural, 1988. Coleção Os pensadores.)
Texto 2
Descobrimos que há certa ordem de causas eficientes nos seres sensíveis; não concebemos, porém, nem é possível que uma coisa seja causa eficiente de si própria, pois seria anterior a si mesma, o que não pode ser. Mas é impossível, nas causas eficientes, proceder-se até o infinito [...]. Logo, é necessário admitir uma causa eficiente primeira, à qual todos dão o nome de Deus.
(AQUINO, T. Suma Teológica. I, 2, 3. Porto Alegre: EST-Sulina-UCS, 1980.)
A respeito dos textos acima, analise as afirmativas.
I - Santo Anselmo e Santo Tomás utilizam o mesmo tipo de argumento para provar a existência de Deus.
II - Anselmo apresenta um argumento a posteriori para provar a existência de Deus.
III - Tomás apresenta um argumento a posteriori para provar a existência de Deus.
IV - Anselmo parte do próprio conceito de Deus para provar a existência divina.
Está correto o que se afirma em