TEXTO
Em suma, numa sociedade que tem horror ao diferente, que submete a diversidade do real à uniformidade da ordem racionalmente científica, que funciona pelo princípio da equivalência abstrata entre seres que não têm denominador comum, a loucura é uma ameaça sempre presente. O que a história da loucura nos revela, pondo em questão toda a cultura ocidental moderna, é que o louco é excluído porque insiste no direito à singularidade e, portanto, à interioridade. E, com efeito, se a loucura é nesse mundo patologia ou anormalidade é porque a coexistência de seres diferenciados se tornou uma impossibilidade. Diante disso, restam ainda muitas questões. Entre elas: poderá o psiquiatra, enquanto profissional médico, promover o reencontro da loucura com a cultura que a excluiu? Pode o saber médico encontrar alternativa para a sua prática, no sentido da libertação radical da loucura, fora dos limites circunscritos pela sociedade que o permitiu? De qualquer modo, ainda que um dia nossa interioridade venha a ser resgatada, gostaria de lembrar aqui mais algumas palavras de Marcuse – “Nem mesmo o supremo advento da liberdade poderá redimir aqueles que morrem na dor”.
(FRAYSE-PEREIRA, João. O que é loucura. São Paulo, Brasiliense, 1982.p.102-4.)
Marque V ou F, conforme sejam as afirmações Verdadeiras ou Falsas.
( ) Na frase, “Não podemos procrastinar a solução do caso”, o vocábulo sublinhado não pode ser substituído pelo vocábulo impor, uma vez que os vocábulos em destaque não são sinônimos.
( ) O sinônimo de ignorante é insipiente.
( ) Na frase, “Preparam-nos uma insidiosa surpresa”, pode-se substituir a palavra sublinhada pela palavra desleal, sem causar prejuízo ao sentido da frase.
Assinale a alternativa que contém a sequência CORRETA.