Questão
2018
SUGEP
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Analista de Tecnologia da Informação - Sistema (UFRPE)
2018
SUGEP
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Analista de Tecnologia da Informação - Suporte e Redes (UFRPE)
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TEXTO 1 

Mar de lixo 

O maior depósito de lixo do mundo não se localiza em terra firme. Está no Oceano Pacífico, numa imensa região do mar que começa a cerca de 950 quilômetros da costa californiana e chega ao litoral havaiano. Seu tamanho já se aproxima de 680 mil quilômetros quadrados, o equivalente aos territórios de Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo somados – e não para de crescer. 

Descobridor do aterro marinho gigante, também chamado de “vórtice de lixo”, o oceanógrafo norte-americano Charles Moore acredita que estejam reunidos naquelas águas cerca de 100 milhões de toneladas de detritos – que vão desde blocos de brinquedos Lego até bolas de futebol e caiaques. Correntes marinhas impedem que eles se dispersem. Cerca de 20% dos componentes desses depósitos são atirados ao mar por navios ou plataformas petrolíferas. O restante vem mesmo da terra firme. 

Ouvido pelo jornal inglês The Independent, o oceanógrafo David Karl, da Universidade do Havaí, considera que é preciso fazer mais pesquisas para determinar o tamanho e a natureza da “sopa plástica”. No início de fevereiro, Moore alertou que, se os consumidores não reduzirem o uso de plástico descartável, a “sopa” do Pacífico Norte poderá dobrar de tamanho na próxima década. 

Acredita-se que 90% do lixo flutuante nos oceanos é composto de plástico – um índice compreensível, já que esse material é um dos que levam mais tempo para se decompor na natureza. Karl está coordenando uma expedição ao mar de lixo no segundo semestre deste ano, e acredita que a expansão da área do vórtice já representa um novo habitat marinho. De acordo com o Programa Ambiental da ONU, os entulhos plásticos são responsáveis anualmente pela morte de mais de um milhão de pássaros e de cem mil mamíferos marinhos, como baleias, focas, leões-marinhos e tartarugas. As aves marinhas confundem objetos como escovas de dente, isqueiros e seringas com alimento, e diversos deles foram encontrados nos corpos de animais mortos. 

Segundo cientistas holandeses, de um grupo de cem aves marinhas das regiões árticas, mais de 90 morrem com resíduos de plástico em seus estômagos. Marcus Eriksen, um dos cientistas, ressalta que a água com essa massa de lixo marinho também representa um risco para a saúde humana. Centenas de milhões de minúsculas bolinhas de plástico, a matéria-prima dessa indústria, são perdidos ou desperdiçados anualmente e acabam por chegar ao mar. Esses poluentes atuam como esponjas, atraindo substâncias químicas produzidas pelo homem. O passo seguinte é eles entrarem na cadeia alimentar. A esse respeito, Eriksen salienta: “O que vai para os oceanos vai para esses animais e vem para seu prato” – um lembrete, como se vê, mais do que oportuno. 
 
Eduardo Araia. Disponível em: https://www.revistaplaneta.com.br/mar-de-lixo. Acesso em 23/07/2018. Adaptado. 

Analise as informações que se apresentam abaixo. 

1) O fato de o “vórtice de lixo” espalhar-se com relativa rapidez, devido à ação das correntes marinhas, tem agravado o problema ambiental. 

 2) O uso indiscriminado de plástico descartável é uma séria ameaça aos oceanos e um dos principais responsáveis para o aumento da quantidade de lixo nesse ecossistema. 

3) Devido à dificuldade que tem a natureza para decompor os resíduos plásticos, estima-se que a grande maioria do lixo que flutua nos oceanos seja composta desse material. 

4) Ao serem despejadas no mar, as centenas de milhões de minúsculas bolinhas de plástico que são matéria-prima de algumas indústrias podem, de fato, contaminar o homem. 
 
Estão em consonância com as informações apresentadas no Texto 1:
A
1, 2, 3 e 4.
B
1, 2 e 3, apenas.
C
1, 2 e 4, apenas.
D
1, 3 e 4, apenas.
E
2, 3 e 4, apenas.