Sem dúvida, o terceiro milênio abriu com um deficit
de horizonte ético. Nem por isso os homens podem deixar de sonhar com a liberdade, com o sentido e com a finalidade da vida justa, solidária, pacífica, ou seja, com a retomada das grandes referências éticas. Em outras palavras, o Homo faber não pode prevalecer sobre o Homo symbolicus. A questão do sentido ético da vida, da história, da ciência, está subjacente ao mundo definitivamente marcado pela tecnociência. Cabe à filosofia, à ética, à bioética criar uma hermenêutica para explicitar o sentido maior embutido na biotecnologia e na pluralidade das éticas particulares.
O. Pegoraro. Bioética e filosofia. In: Revista de Filosofia,
SEAF, ano II, n.º 2, 2002, p. 53 (com adaptações).
A partir do texto acima, assinale a opção correta.