Questão
2023
VUNESP
Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto (SP)
Professor de Educação Básica II - História (Pref São José do Rio Preto/SP)
Sa-fartas-ADIM-Autos131b0b08906
São fartas, nos ADIM [Autos de Devassa da Inconfidência Mineira], as evidências de que os inconfidentes divergiam quanto a temas absolutamente fundamentais no que tange aos acontecimentos subsequentes à decretação da derrama, cobrança de impostos acumulados há décadas. Não havia consenso sobre o destino a ser dado ao Governador, sobre o formato final da revolta em termos operacionais, sobre seu próprio teor, sobre o futuro da escravidão [...], sobre o sistema de governo, natureza e dimensões da República a ser implantada [...]

(João Pinto Furtado, Imaginando a nação: o ensino da história da Inconfidência Mineira na perspectiva da crítica historiográfica. Em: Lana Mara de Castro Siman e Thais França de Lima e Fonseca (orgs.), Inaugurando a História e construindo a nação; discursos e imagens no ensino de História.)

A partir do excerto, assim como do artigo citado, é correto afirmar que a Inconfidência Mineira
A
canalizava uma série de insatisfações da elite mineira, mas foi o setor popular que construiu e disseminou as ideias revolucionárias.
B
revelava a existência de dissensões e divisões internas que expressavam os diferentes interesses e inserções dos agentes na trama.
C
explicava as dificuldades econômicas em Minas Gerais por causa da ausência de investimentos portugueses em tecnologia para explorar minas.
D
expunha ideais libertários, inspirados nas revoluções europeias, mas não permitia que membros das classes populares fizessem parte da conspiração.
E
contava com um seleto grupo de funcionários públicos fiéis à Coroa portuguesa e que defendia apenas a extinção dos tributos sobre o ouro.