Retrato
(Cecília Meireles)
Eu não tinha este rosto de hoje,
assim calmo, assim triste, assim magro,
nem estes olhos tão vazios,
nem o lábio amargo.
Eu não tinha estas mãos sem força,
tão paradas e frias e mortas;
eu não tinha este coração
que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
tão simples, tão certa, tão fácil:
_ Em que espelho ficou perdida
a minha face?
No poema “Retrato”, Cecília Meireles descreve seu estado de espírito, da sua opinião sobre si mesma. No segundo verso, da segunda estrofe, há repetição da conjunção e, imprimindo: