O RIO SEVERINO
Um tísico à míngua espera a tarde inteira
Pela assistencia que não vem
Mas vem de tudo n'água suja, escura e espessa deste Rio Severino,
Morte e Vida vêm
Mas quem não tem ABC não pode entender HIV
Nem cobrir, evitar e ferver
O rio é um rosário cujas contas são cidades
À espera de Deus que dê
Quem possa lhes dizer
Me diz o que é que você tem
O que é que eu posso te dizer?
Me diz o que é que você tem
É muita gente ingrata reclamando de barriga d'água cheia
São maus cidadãos
É essa gente analfabeta interessada em denegrir
A boa imagem da nossa nação
És tu Brasil, ó pátria amada, idolatrada
Por quem tem acesso fácil a todos os teus bens
Enquanto o resto se agarra no rosário, e sofre e reza
À espera de Deus que não vem
(Fonte:Hebert Vianna.© Edições Musicais Tapajós)
Quantos fonemas há, respectivamente, nas palavras Circunferência – engarrafamento – excelentíssima.