A observação participante não é muito valorizada no meio acadêmico–científico pois resulta em uma visão parcial (sob o ponto de vista do pesquisador) de uma realidade, resultante da interação do pesquisador com o meio.

Os procedimentos de observação são geral- mente classificados ao longo de cinco dimensões: observação oculta x observação aberta; observação não-participante x observação participante; observação sistemática x observação não-sistemática; observação in natura x observações artificiais (laboratório); auto-observação x observação de outros. Em qualquer um deles o pesquisador deve registrar os dados em protocolos previamente estruturados.

A observação torna-se um método científico quando é realizada de forma sistemática, planejada e com controle da objetividade. Aquele que observa não está simplesmente olhando algo que está em curso, mas obser vando com um olho treinado em busca de certos acontecimentos específicos a fim de responder a uma pergunta de pesquisa.

Na observação sistemática o observador e o observado estão lado a lado, tornando-se o observador um membro do grupo (propositalmente ou não), de modo a vivenciar o que eles vivenciam e trabalhar dentro do sistema de referência daquele ou daqueles que são observados.

Uma grande vantagem da observação participante é a imersão total do pesquisador na realidade daquele que é observado. Esta