ERRADA.

O tamanho da molécula é uma propriedade físico-química que prejudica o transporte do fármaco através da barreira hematoencefálica e a ação no sistema nervoso central.

Antes de exercer a ação sobre seus alvos no SNC, os fármacos precisam ser absorvidos, atingir a circulação sanguínea sistêmica e então atravessar a barreira hematoencefálica a fim de atingir o órgão alvo.

A barreira hematoencefálica é uma estrutura histológica que atua como barreira seletiva semi-permeável, conferindo um maior nível de proteção do SNC contra micro-organismos diversos e substâncias neurotóxicas. As células endoteliais que compõem os capilares sanguíneos que atingem o órgão apresentam elementos adesivos intercelulares que conferem maior justaposição entre as células, criando assim uma barreira de membranas fosfolipídicas de caráter predominantemente apolar. Desta forma, é possível esperar que o principal mecanismo de transporte de substâncias será a difusão simples através da estrutura fosfolipídica. Assim, moléculas de maior tamanho apresentarão maior dificuldade para atravessar a estrutura membranar em comparação com moléculas de menor tamanho.

A característica físico-química de maior relevância para o transporte através da barreira hematoencefálica e o acesso ao SNC para exercer a ação farmacológica será a lipofilicidade do fármaco. Quanto maior o caráter apolar (hidrofóbico) do fármaco, maior será a facilidade de atravessar a estrutura lipofílica das bicamadas fosfolipídicas que compõem as membranas da barreira hematoencefálica.