O penfigoide gestacional é uma doença bolhosa rara, de origem autoimune, curso autolimitado, que se desenvolve classicamente no final da gravidez ou no pós-parto imediato e não tem a capacidade de afetar a pele do recém-nascido.

Do ponto de vista histopatológico, o componente essencial para o diagnóstico da doença é a detecção de uma deposição linear de C3 ao longo da zona de membrana basal (ZMB) da pele perilesional, que é vista por meio de microscopia de imunofluorescência direta.

Tem sido observado maior risco de prematuridade e de recém nascidos pequenos para idade gestacional, provavelmente em decorrência de insuficiência placentária. Este risco, entretanto, não parece estar relacionado à gravidade do penfigoide gestacional.

Um aumento na incidência de anticorpos antitireoideanos foi documentado, frequentemente associado a uma disfunção clínica aparente da tireoide.

Casos mais graves e refratários da doença podem requerer tratamento com drogas como ciclofosfamida, dapsona e metotrexato, mesmo antes do término da gestação.