Para grande tristeza dos reinóis que no Brasil ansiavam por voltar a Portugal e dos portugueses que esperavam o seu regresso, ele não fazia intenção de regressar, mesmo que as potências europeias, receosas das suas intenções, sugerissem isso abertamente. Portugal estava cada vez mais longe, e seus vassalos portugueses, afastados da corte, com o reino mergulhado na crise econômica e financeira, sentiam-se órfãos, começando a difundir-se a ideia de que a monarquia andava às avessas e que Portugal se convertera em colônia do Brasil. O certo é que D. João não pretendia voltar. O Brasil foi elevado a reino, constituindo-se o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, por carta de lei de 16 de dezembro de 1815. Novo reino para novo rei.
Jorge Pedreira e Fernando Dores Costa. D. João VI. Um príncipe entre dois continentes. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, p. 13 (com adaptações).
Considerando que o fragmento de texto precedente tem caráter unicamente motivador, redija um texto dissertativo acerca do período no qual a Corte lusitana se transferiu para o Brasil e das implicações desse fato histórico para o Império ultramarino português. Em seu texto, aborde os seguintes aspectos:
1 a transferência da Corte de Lisboa para o Brasil e as questões diplomáticas do período;
2 a interiorização da metrópole na colônia e as medidas que a identificam;
3 o panorama político da monarquia e os consequentes movimentos políticos desse período no Brasil e em Portugal.
Extensão máxima: 60 linhas