Questão
2019
FUNDEP
Prefeitura Municipal de Uberlândia (MG)
Analista Cultural/Letras (Pref Uberlândia/MG)
Para-avaliaca-arte2680ca0413e
“Para a avaliação da arte contemporânea, a relevância de tantas apropriações, releituras, transcrições, paródias e pastiches – diferentes formas de processos tradutórios – vem sendo objeto de múltiplos debates. Interessa-me sobretudo o sentido da obsessão pós-moderna pela recriação do passado. Formas de construção intertextual, que criam arte a partir da própria arte, paródia e pastiche distinguem-se, segundo alguns, pelo fato de que, ao contrário da paródia, o pastiche não visa a um efeito satírico. A esse respeito, entre os julgamentos negativos destacam-se os de Frederic Jameson e Jean Baudrillard, que denunciam o pastiche como forma ’cega‘ ou ’vazia‘ de paródia. Jameson o reduz a uma manifestação ’esquizofrênica‘, uma “reabilitação nostálgica do passado”, concluindo que, ’num mundo incapaz de renovação estilística, só resta a imitação de estilos mortos, a fala através das máscaras e com as vozes dos estilos do museu imaginário‘ [...] O pastiche seria assim inferior à paródia, já que lhe falta a intenção crítica, pouco requisitada num mundo esvaziado de padrões morais. Pelo abuso do pastiche, que ele atribui à falta de historicidade e à ’presentificação‘ da arte, Jameson critica não apenas a Literatura, mas outras artes, como o Cinema e a Arquitetura contemporâneos. Na mesma linha, Hal Foster vê no ecletismo do que ele considera ’estilo oficial do pós-moderno‘, ’uma ameaça ao próprio conceito de estilo, pelo menos enquanto expressão singular de uma época [...] um sinal de desintegração estilística e do colapso da história‘ – um sintoma, enfim, voltando a Jameson, de incapacidade para inovações formais, presentes no Modernismo.”
(OLIVEIRA, 2012, p. 73.)

As críticas apresentadas nesse trecho atribuem ao Pós-Modernismo a ausência de   
A
recursos intertextuais.
B
qualquer tentativa de recuperar o passado.
C
originalidade estilística.
D
senso de ecletismo.