Paciente submetido à colectomia subtotal por câncer, com anastomose primária boca a boca, sem intercorrências, desenvolveu uma fístula estercoral no final da primeira semana de pós-operatório. Naquele momento, foi deixado em pausa alimentar. Após três dias, foi observada uma drenagem de conteúdo francamente fecal na ordem de 200-230mL/24h. Paciente apresenta quadro clínico estável, embora inapetente e com queixas de desconforto abdominal. Retomada a alimentação oral, pobre em resíduo, foi observada, ao final de 48h, aumento da drenagem da fístula para aproximadamente 400mL/24h. Ecografia abdominal não mostrou coleções intra-abdominais nem outra alteração ostensiva e fistulografia demonstrou trajeto fistuloso pouco anfractuoso entre cólon e pele, com extensão de 3cm, sem evidências de obstrução à jusante. Paciente emagreceu 1kg nesses dias de pós-operatório e não apresenta quadro de infecção ou sepse. De posse destes dados, a equipe assistencial deverá
Questão
2017
FAURGS
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (RS)
Médico - Nutrologia (HC RS)
Paciente-submetido-a136d60b9b62
A
determinar nova pausa alimentar, prescrever octreotide e iniciar NPT.
B
cessar alimentação oral, submeter o paciente à inserção de sonda de alimentação com a finalidade de usar fórmula semielementar, sem fibra, além de prescrever octreotide.
C
manter alimentação oral e realizar controle de ingestão. Se não consumir 60% do planejado, deverá ser associada alimentação por SNE, polimérica e sem (ou com pouca) fibra.
D
iniciar nutrição parenteral periférica associada à octreotide ou somatostatina, mantendo o paciente com dieta zero.
E
indicar reintervenção cirúrgica (aumento de débito da fístula, trajeto anfractuoso e com extensão maior que 2cm) e proceder com ressecção do segmento fistuloso com reanastomose término-terminal ou colostomia (dependendo das condições locais) e NPT no pós-operatório por uma semana.