Manaus, como um dos principais portos de escoamento da produção da borracha, tornou-se o centro político-econômico da região Norte, realizando a modernização e urbanização da cidade e atuando nos impasses políticos diplomáticos, como no caso do conflito fronteiriço com a Bolívia que resultou na incorporação do Acre ao Brasil, no mesmo período da construção do teatro.

O estado do Amazonas conseguiu expandir seu crescimento econômico com os grandes produtores das drogas do sertão que unidos ao início da exploração da borracha, logo no início da República, passaram a urbanizar o centro econômico da região Norte para se adequar aos grandes centros políticos e econômicos do país, como no caso de São Paulo e Minas Gerais.

O auge da região amazônica está relacionado com o contexto econômico da produção brasileira de borracha que, a partir de 1840, extraia o látex, fonte de matéria-prima, revendendo para países industrializados, sendo um dos produtos mais exportados no país até o final da década de 1910.

O teatro Amazonas foi o último símbolo do auge dos produtores que dominavam a economia do látex no Brasil, pois nos últimos anos do século XIX, a Inglaterra substituiu por completo o mercado brasileiro pelo das suas colônias na Ásia que tinham os seringais com clima e forma de produção semelhantes ao do Brasil, porém com preços mais convidativos.

O Teatro Amazonas foi um dos símbolos da modernização, incentivados pela disseminação da cultura cosmopolitana europeia, patrocinadas exclusivamente pelo governo federal que pretendia colocar símbolos da chamada Belle Èpoque em cada região brasileira, para exaltar a condição de país urbanizado, moderno e nacionalista.