Questão
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Analista de Sistemas (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Arquiteto (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Bibliotecário (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Contador (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Engenheiro Agrônomo (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Engenheiro Ambiental (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Engenheiro de Segurança do Trabalho (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Engenheiro de Tráfego (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Engenheiro Florestal (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Fisioterapeuta (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Gestor Ambiental (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Jornalista (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Médico Pediatra Plantonista (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Médico Psiquiatra Infantil (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Médico Veterinário (Pref Suzano/SP)
2019
INSTITUTO CONSULPLAN
Prefeitura Municipal de Suzano (SP)
Psicólogo (Pref Suzano/SP)
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
Mort-Ed-Mort-Detetive317def47e58
Mort. Ed Mort. Detetive particular. Está na plaqueta. Durante meses ninguém entrara no meu escri – escritório é uma palavra grande demais para descrevê-lo – a não ser cobradores, que eram expulsos sob ameaças de morte ou coisa pior. De repente, começou o movimento. Entrava gente o dia inteiro. Gente diferente. Até as baratas estranharam e fizeram bocas. Não levei muito tempo para saber o que tinha havido. Alguém trocou minha plaqueta com a da escola de cabeleireiros, ao lado. A escola de cabeleireiros passou o dia vazia. Voltaire, o ratão albino, que subloca um canto da minha sala, emigrou para lá. Quando recoloquei a plaqueta no lugar, Voltaire voltou. Ele gosta de sossego. Mort. Ed Mort. Está na plaqueta certa. 

Eu estava pensando no meu jantar da noite passada – isto é, em nada – quando ela entrou. Nem abri os olhos. Disse: “A escola de cabeleireiros é ao lado”. Mas quando ela falou, abri os olhos depressa. Se sua voz pudesse ser engarrafada seria vendida como afrodisíaco. Ela não queria a escola de cabeleireiros. 

– Preciso encontrar meu marido. 

– Claro – disse eu. – Vá falando que eu tomo nota. 

Meu bloco de notas fora levado pelas baratas. Uma ação de efeito psicológico. O bloco não lhes serviria para nada. Só queriam me desmoralizar. Peguei o cartão que um dos pretendentes a cabeleireiro deixara em cima da minha mesa, com um olhar insinuante, no dia anterior. Tenho um certo charme rude, não nego. Sou violento. Sorrio para o lado. Uso costeletas. No cartão estava escrito Joli Decorações e um nome, Dorilei. Virei do outro lado. Comecei a escrever enquanto ela falava. A Bic era alugada. 

(VERÍSSIMO, Luis Fernando. As cem melhores crônicas brasileiras / Joaquim Ferreira dos Santos, organização e introdução. – Rio de Janeiro: Objetiva, 2007. Fragmento.) 

A partir de uma mudança nos acontecimentos, o narrador expressa que “Até as baratas estranharam e fizeram bocas.”, a expressão destacada denota no contexto:
A
Estranheza.  
B
Preconceito. 
C
Desinteresse. 
D
Descontentamento.