Miguel Arroyo (2001) refere-se ao que ele considera “um
ponto central”: se olharmos a escola e entendermos que
ela é “antes de tudo um tempo-espaço de encontro de
gerações, de pessoas em tempos diversos de socialização, interação, formação e aprendizagem das artes de ser
humano”, “não há como não ser mais do que docente”. Ele
lembra que “essas artes não se alteram bruscamente com
mudanças nas áreas do conhecimento, nem das técnicas
de produção”, destacando que a escola e os docentes
devem estar atentos a essas mudanças, “mas, sobretudo,
atentos à construção social do conhecimento, à construção
social dos sujeitos”, pois, como analisa Arroyo, nessa dinâmica, todo currículo será um texto provisório, sendo preciso
atenção para “selecionar e privilegiar saberes, vivências e
valores”, em uma “postura docente de permanente procura
dos significados da cultura” e de “opção político-cultural”. De
modo análogo, Paulo Freire (2011) coloca o ensinar como
uma especificidade humana e, como uma das exigências
do ensinar, o “compreender que a educação é uma forma
de intervenção no mundo”. Para Freire, essa compreensão
da educação, “além do conhecimento dos conteúdos, bem
ou mal ensinados e/ou aprendidos, implica”
Questão
2023
VUNESP
Prefeitura Municipal de Araçatuba (SP)
Supervisor de Ensino (Pref Araçatuba/SP)
Miguel-Arroyo-2001169b31c8c96
A
a única e indispensável dedicação em desmascarar a ideologia dominante.
B
fundamentalmente a neutralidade política, para poder transmitir conhecimento.
C
somente duas coisas: a prática da liberdade por educadores e educandos e o combate à opressão.
D
dialeticamente tanto o esforço de reproduzir a ideologia dominante quanto o seu desmascaramento.
E
articuladamente a transmissão aos educandos de valores morais, cívico-patrióticos e o estímulo à busca por autonomia pessoal.