GABARITO: ALTERNATIVA A.

Esta questão trabalha com figuras de linguagem.

Vale lembrar de algumas das figuras de linguagem:

Antítese é a aproximação de termos com significados opostos.

Exemplo: Amor e ódio andam de mãos dadas.

A catacrese é uma figura de linguagem que se apropria de palavras, aplicando-as fora do sentido próprio, para suprir a ausência de vocábulos apropriados para o contexto.

Exemplo: pé da cadeira, asa de avião.

A comparação (ou símile) é observada na aproximação de termos, destacando a similaridade entre ambos. É semelhante à metáfora, sendo distinta pelo uso de conectivos que transmitem a noção de comparação, tais quais: “como”, “quanto”.

Exemplo: Ele é insensível como um monstro.

A hipérbole é caracterizada através de um exagero na expressão de uma ideia, com o intuito de chamar a atenção do interlocutor ou apenas intensificar a ideia.

Exemplo: Acordei morrendo de fome!

A metáfora é observada quando substituímos uma palavra por outra que possui um valor que desejamos ressaltar no contexto.

Exemplo: Ele é um monstro.

Aqui, a palavra "monstro" é utilizada para atribuir valores negativos, substituindo adjetivos como "insensível" e "bruto".

Podemos pensar, também, que a metáfora é como uma comparação sem emprego de conjunção comparativa.

Observe: Ele é (como) um monstro.

A metonímia consiste no emprego de uma palavra fora de seu contexto habitual, sem que isso afete a compreensão da mensagem. Observa-se, então, uma troca entre termos que apresentam um vínculo entre eles.

Exemplos:

Gosto de ler Guimarães Rosa - metonímia de autor pela obra (gosto de ler os livros de Guimarães Rosa).

Acabou a Cândida - metonímia de marca pelo produto (acabou a água sanitária).

Tiraram a criança dos braços dos pais - metonímia de parte pelo todo (tiraram a criança dos pais).

Paradoxo é o discurso ou expressão que apresenta um contraste de ideias, de forma que ambas se contradizem.

Exemplo: "Tenho bastante em ter nada" (Fernando Pessoa).

Note que as ideias de "ter bastante" e "ter nada" contrastam e contradizem uma à outra, não parecendo ser possível que ambas sejam verdadeiras ao mesmo tempo.

O pleonasmo é a repetição desnecessária de termos descrevendo um mesmo objeto, para ênfase.

Exemplo: sair para fora, entrar para dentro.

Personificação ou prosopopeia é a atribuição de valores ou ações próprias a seres humanos a animais e objetos inanimados .

Exemplo: As nuvens beijavam as estrelas no céu. - a ação de "beijar" é própria ao ser humano.

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Vamos analisar as construções:

A alternativa A está certa e é o GABARITO DA QUESTÃO, pois há emprego de metáfora na construção "a vida é um palco".

Note que há uma comparação implícita entre "vida" e "palco", sem emprego da conjunção comparativa.

A alternativa B está errada, pois não há emprego de figura de linguagem.

A alternativa C está errada, pois a figura de linguagem empregada é a comparação.

Note que há emprego de conjunção comparativa "como", que estabelece a relação entre o choro e a fonte de tristeza.

A alternativa D está errada, pois a figura de linguagem empregada é a metonímia.

Note que há emprego do termo "barulho" no lugar de "pessoas barulhentas".

Sendo assim, a expressão que faz uso da metáfora é: A vida é um palco, e todos nós somos atores.