Questão
2010
ADVISE
Prefeitura Municipal de Pedra Branca (PB)
Professor do Ensino Fundamental II -Português (Pref Pedra Branca/PB)
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Leia os textos abaixo:

TEXTO 7

As enchentes de minha infância

Sim, nossa casa era muito bonita, verde, com uma tamareira junto à varanda, mas era, onde as casas dão fundos para o rio. Como a casa dos Martins, como a casa dos Leão, que depois foi dos Medeiros, depois de nossa tia, casa com varanda fresquinha dando para o rio.

Quando começavam as chuvas a gente ia toda manhã lá no quintal deles ver até onde chegara à enchente. As águas barrentas subiam primeiro até a altura da cerca dos fundos, depois às bananeiras, vinham subindo o quintal, entravam pelo porão. Mais de uma vez, no meio da noite, o volume do rio cresceu tanto que a família defronte teve medo.

Então vinha todos dormir em nossa casa. Isso para nós era uma festa, aquela faina de arrumar camas nas salas, aquela intimidade improvisada e alegre. Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito; como se fazia café e se tomava café tarde da noite! E às vezes o rio atravessava a rua, entrava pelo nosso porão, e me lembro que nós, os meninos, torcíamos para ele subir mais e mais. Sim, éramos a favor da enchente, ficávamos tristes de manhãzinha quando, mal saltando da cama, íamos correndo para ver que o rio baixara um palmo – aquilo era uma traição, uma fraqueza do Itapemirim. Às vezes chegava alguém a cavalo, dizia que lá, para cima do Castelo, tinha caído chuva muita, anunciava águas nas cabeceiras, então dormíamos sonhando que a enchente ia outra vez crescer, queríamos sempre que aquela fosse à maior de todas as enchentes.

BRAGA, Rubem. Ai de ti, Copacabana. 3. ed. Rio de Janeiro: Editora do Autor, 1962. p. 157.

TEXTO 8

Temporal causa estragos e deixa 98 mortos no Rio

Bairros ficaram ilhados e sem energia. Aulas foram suspensas. Moradores relataram momentos de medo e perigo.

A pior chuva dos últimos 44 anos no Rio de Janeiro já deixou 98 mortos em todo o estado, segundo o Corpo de Bombeiros. Na capital foram registradas 37 vítimas fatais; em Niterói (Região Metropolitana), 49 mortes; nove em São Gonçalo (Região Metropolitana); uma em Nilópolis (Baixada Fluminense), assim como em Petrópolis, na região Serrana, e outra morte em Paracambi.

Voltou a chover forte em alguns pontos da Zona Sul do Rio de Janeiro por volta das 22h30 desta terça-feira. A Lagoa Rodrigo de Freitas continua com pontos de alagamentos. Há vários bolsões d’água na via. Segundo moradores, também chove nas zonas Norte e Oeste.

Fonte: http://g1.globo.com/Noticias/Rio

Na Crônica apesentada no texto 7, podemos perceber pelo fragmento exposto abaixo em relação ao texto 8 que: 

Fragmento: “O enunciado “Parecia que as pessoas ficavam todas contentes, riam muito...”
A
As pessoas do texto 7 não se incomodavam com os sofrimentos causados pelas chuvas, porque eram insensíveis.
B
O texto 8, compartilha da mesma opinião, em relação ao fragmento exposto.
C
O autor afirma a felicidade das pessoas, porque a chuva trazia fartura.
D
No texto 7, a natureza também reagia contra à agressão humana.
E
Não há uma intertextualidade, entre os textos apesar dessa existir isoladamente em cada texto exposto, já que ambos seguem os princípios da textualidade.