Questão
2024
ITAME
Prefeitura Municipal de Teresina de Goiás (GO)
Agente Administrativo (Pref Teresina de Goiás/GO)
2024
ITAME
Prefeitura Municipal de Teresina de Goiás (GO)
Agente Comunitário de Saúde (Pref Teresina de Goiás/GO)
2024
ITAME
Prefeitura Municipal de Teresina de Goiás (GO)
Agente de Combate as Endemias (Pref Teresina de Goiás/GO)
2024
ITAME
Prefeitura Municipal de Teresina de Goiás (GO)
Atendente de Farmácia (Pref Teresina de Goiás/GO)
2024
ITAME
Prefeitura Municipal de Teresina de Goiás (GO)
Digitador (Pref Teresina de Goiás/GO)
2024
ITAME
Prefeitura Municipal de Teresina de Goiás (GO)
Fiscal Sanitário (Pref Teresina de Goiás/GO)
2024
ITAME
Prefeitura Municipal de Teresina de Goiás (GO)
Técnico em Enfermagem (Pref Teresina de Goiás/GO)
2024
ITAME
Prefeitura Municipal de Teresina de Goiás (GO)
Técnico em Higiene Dental (Pref Teresina de Goiás/GO)
2024
ITAME
Prefeitura Municipal de Teresina de Goiás (GO)
Técnico em Radiologia (Pref Teresina de Goiás/GO)
VER HISTÓRICO DE RESPOSTAS
Leia-texto-seguir371ccfd3b9d
Leia o texto a seguir e responda o que se pede:

O Galo

O Dr. Marcolino apeou-se, entrou na palhoça, examinou o enfermo, auscultou-o, martelou-lhe o corpo inteiro com o nó do dedo grande e explicou a moléstia com palavras difíceis que aquela pobre gente não entendeu. Depois, abriu o saco de viagem que levava à garupa do animal, tirou alguns vidros, de cujo conteúdo derramou algumas gotas num copo d'água, e disse doutoralmente: - Aqui fica esta poção para ser tomada de três em três horas.

- Ah! seu doutor, nós aqui não podemos contar as horas, porque não temos relógio!

- Regulem-se pelo sol. O sol é um excelente relógio quando não chove e o tempo está seguro.

- Não sei disso, seu doutor, não entendo do relógio do sol...

- Nesse caso não sei como... Ah!... 

Este ah!, com que o doutor interrompeu o que ia dizendo, foi produzido pela presença de um galo que passava no terreiro, majestosamente.

- Ali está um relógio, continuou o doutor: aquele galo. Todas as vezes que ele cantar, dê-lhe uma colher do remédio. E adeus! Não será nada: Depois de amanhã voltarei para ver o doente.

Foi-se o médico, e daí a dois dias voltou ao trote do seu jumento. Quem o recebeu foi o marido:

- Que é isto?... já de pé... - Sim, senhor: estou completamente bom, não tenho mais nada. E não sei como agradecer... Mas a mulher interveio com ar magoado:

- Sim, ele não tem mais nada, mas o pobre galo morreu.

- Morreu? Por quê?.

- Não sei, doutor... ele bebeu todo o remédio.

- Quem?... o galo?... 

- Sim, senhor; todas as vezes que ele cantava, eu, segundo a recomendação do doutor, abria-lhe o bico, e derramava-lhe uma colher da droga pela goela abaixo! Que pena! Era um galo tão bonito!

Texto adaptado da obra de: AZEVEDO, Artur. O Galo. Disponível em: Biblioteca Virtual de Literatura. Acesso em: 28 jun. 2024.

Pode-se dizer que a confusão da mulher quanto à maneira de dar o remédio ao marido surge a partir de um problema de coesão referencial: anáfora, produzido pela colocação incorreta de um pronome, cujo uso deixa a esposa confusa e ela não consegue saber que referente o pronome retoma. Esse uso inadequado do pronome pode ser encontrado na seguinte fala:
A
“Regulem-se pelo sol. O sol é um excelente relógio quando não chove e o tempo está seguro.”
B
“Este ah!, com que o doutor interrompeu o que ia dizendo, foi produzido pela presença de um galo que passava no terreiro, majestosamente.”
C
“Ali está um relógio, continuou o doutor: aquele galo. Todas as vezes que ele cantar, dê-lhe uma colher do remédio.”
D
“Não sei disso, seu doutor, não entendo do relógio do sol...”