Questão
2019
FUNDEP
Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais
Engenheiro Civil (ARISB MG)
2019
FUNDEP
Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais
Ciências Econômicas (ARISB MG)
2019
FUNDEP
Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais
Ciências Contábeis (ARISB MG)
2019
FUNDEP
Agência Reguladora Intermunicipal de Saneamento Básico de Minas Gerais
Administração de Empresas (ARISB MG)
Leia-poema-seguir37d66856f1
Leia o poema a seguir. 

“Todas as cartas de amor são 
Ridículas. 
Não seriam cartas de amor se não fossem 
Ridículas. 
Também escrevi em meu tempo cartas de amor, 
Como as outras, 
Ridículas. 
As cartas de amor, se há amor, 
Têm de ser 
Ridículas. 
Mas, afinal, 
Só as criaturas que nunca escreveram 
Cartas de amor 
É que são Ridículas. 
Quem me dera no tempo em que escrevia 
Sem dar por isso 
Cartas de amor
Ridículas. 
A verdade é que hoje 
As minhas memórias 
Dessas cartas de amor 
É que são 
Ridículas. 
(Todas as palavras esdrúxulas, 
Como os sentimentos esdrúxulos, 
São naturalmente 
Ridículas).” 

(Álvaro de Campos) Disponível em: <https://www. revistaprosaversoearte.com/todas-as-cartas-de-amor-saoridiculas-alvaro-de-campos-fernando-pessoa/>. Acesso em: 12 jul. 2019. 

A respeito da progressão temática do poema de Álvaro de Campos, é incorreto afirmar: 
A
O poema aborda o tema do amor, sobre o qual se realiza uma rema, com humor, que desmistifica a ideia tradicional de amor, observando os aspectos ridículos do encantamento dos seres apaixonados.
B
A progressão temática do poema se dá pela atribuição do adjetivo “ridículas” às várias fases do amor e de um relacionamento: a paixão, a declaração, a entrega, a desilusão, o saudosismo e, por fim, o desencantamento com a própria ideia de amor. 
C
O adjetivo “ridículas”, isolado como um verso e repetido ao longo do poema, poderia ser substituído por termos sinônimos, o que contribuiria para maior coerência e para o desenvolvimento da progressão temática do poema.
D
Nos versos “Mas, afinal, / Só as criaturas que nunca escreveram / Cartas de amor / É que são / Ridículas.”, o eu lírico desenvolve, a partir do tema do amor, uma crítica à recusa que algumas pessoas apresentam em se entregar quando estão apaixonadas.