Questão
2023
VUNESP
Prefeitura Municipal de São José do Rio Preto (SP)
Professor de Educação Básica II - Inglês (Pref São José do Rio Preto/SP)
Leia-excertos-seguir504f5a62ec0
Leia os excertos a seguir para responder a questão.

Excerto 1:

How many people speak English?

With 375 million native speakers and more than 1.2 billion total speakers, English is the most widely spoken language in the world and has therefore become a lingua franca for international business.

As it is spoken in very different parts of the world, the English language has become influenced by social, political and cultural aspects, resulting in a language with loads of local variants.

Despite the fact that English is an official language in over 60 countries around the world, there are only 6 countries where it is actually spoken as a native language by the majority of the population.

Sometimes collectively referred to as the Anglosphere, these countries are also home to the most widely accepted variants of the English language, (though there are also significant numbers of native speakers in several other countries such as South Africa, Singapore and Nigeria, as well as many Caribbean countries).

(Acolad team. British, American, International: different types of English. https://blog.acolad.com/different-types-of-english. Acesso em 2.07.23. Adapatado)

Excerto 2:

(...) Alguns conceitos parecem já não atender às perspectivas de compreensão de uma língua que “viralizou” e se tornou “miscigenada”, como é o caso do conceito de língua estrangeira, fortemente criticado por seu viés eurocêntrico. Outras terminologias, mais recentemente propostas, também provocam um intenso debate no campo, tais como inglês como língua internacional, como língua global, como língua adicional, como lingua franca, dentre outras. Em que pesem as diferenças entre uma terminologia e outra, suas ênfases, pontos de contato e eventuais sobreposições, o tratamento dado ao componente na BNCC prioriza o foco da função social e política do inglês e, nesse sentido, passa a tratá-la em seu status de lingua franca. O conceito não é novo e tem sido recontextualizado por teóricos do campo em estudos recentes que analisam os usos da língua inglesa no mundo contemporâneo. Nessa proposta, a língua inglesa não é mais aquela do “estrangeiro”, oriundo de países hegemônicos, cujos falantes servem de modelo a ser seguido, nem tampouco trata-se de uma variante da língua inglesa. Nessa perspectiva, são acolhidos e legitimados os usos que dela fazem falantes espalhados no mundo inteiro, com diferentes repertórios linguísticos e culturais, o que possibilita, por exemplo, questionar a visão de que o único inglês “correto” – e a ser ensinado – é aquele falado por estadunidenses ou britânicos.

Mais ainda, o tratamento do inglês como língua franca o desvincula da noção de pertencimento a um determinado território e, consequentemente, a culturas típicas de comunidades específicas, legitimando os usos da língua inglesa em seus contextos locais. Esse entendimento favorece uma educação linguística voltada para a interculturalidade, isto é, para o reconhecimento das (e o respeito às) diferenças, e para a compreensão de como elas são produzidas nas diversas práticas sociais de linguagem, o que favorece a reflexão crítica sobre diferentes modos de ver e de analisar o mundo, o(s) outro(s) e a si mesmo.

(BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Língua Inglesa (4.1.4.; 4.1.4.1.). Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf).

Um professor que considere importante pensar no que está posto, especialmente, no segundo texto, deverá
A
discutir com os alunos a importância de se aprender uma língua estrangeira como o inglês e aprender os diferentes sotaques em que a língua é falada no mundo.
B
debater com os alunos temas como: qual o papel da língua inglesa em suas vidas, no Brasil e no mundo? Para que serve saber uma língua considerada lingua franca?
C
trazer informações para os alunos sobre as regras gramaticais do inglês, especialmente, suas diferenças nos países em que a língua é falada.
D
explicar para os alunos que, como o inglês, é lingua franca, ela está desvinculada “da noção de pertencimento a um determinado território.” Portanto, não importa a pronúncia das palavras ou as regras linguísticas. Elas caíram em desuso.
E
entender que ensinar a língua não é mais prioridade e que, se o aluno quiser aprender inglês, deverá morar fora, em um país de língua inglesa – os últimos redutos em que é possível aprender com um verdadeiro falante nativo.