Questão
2022
VUNESP
Prefeitura Municipal de Campinas (SP)
Professor Educação Básica III - História (Pref Campinas/SP)
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Leia um excerto da obra didática Brasil Vivo: uma nova história da nossa gente, da autoria de Chico Alencar e outros, com a primeira edição publicada em 1986.

A situação do Brasil colonial começou a mudar quando algumas pessoas – poucas, no início – passaram a achar que nem tudo tinha que ser como era, como El-Rei mandava. Ninguém pensava em mudança à toa. Havia motivos para isso. No final do século XVIII, Portugal vivia uma grande crise. O país produzia pouco, a Corte gastava o que tinha em banquetes e artigos de luxo importados da Inglaterra e da França. Por isso, Portugal cada vez mais pedia empréstimos aos banqueiros ingleses. Em resumo: a metrópole do Brasil era um reino decadente e dependente. O jeito era descontar no Brasil, sua “galinha dos ovos de ouro”: impostos, taxações, proibições e monopólios. Quem gostava? Até os proprietários de terras e de escravos começaram a reclamar do “espantoso cativeiro”.

(Apud Thais Nívia de Lima e Fonseca, “Ver para compreender”: arte, livro didático e a história da nação. Em: Lana Mara de Castro Siman e Thaís Nívia de Lima e Fonseca (org.), Inaugurando a História e construindo a nação; discursos e imagens no ensino de História)

A autora do artigo, ao analisar esse excerto de Brasil Vivo, conclui que essa obra
A
defende que a ruptura colonial decorreu de uma longa negociação entre as elites portuguesa e brasileira, ambas interessadas em uma ampla liberdade econômica.
B
enaltece a elite colonial do Brasil, porque ela foi capaz de defender o fim do tráfico negreiro e uma nova ordem política na colônia, com a ampliação da cidadania.
C
reconhece os benefícios do colonialismo português para o Brasil, principalmente a partir da segunda metade do século XVIII, com a abertura dos portos brasileiros.
D
reforça a imagem negativa da colonização portuguesa e a ação abusiva das autoridades lusitanas, colocando o Brasil na posição de vítima.
E
pensa os movimentos de libertação colonial como provocados, equivocadamente, pela ação diplomática britânica, condição que enfraqueceu o poder português na América.