A memória é imprescindível na medida em que esclarece o vínculo existente entre as sucessivas gerações e o tempo histórico que as acompanha. Uma vez registrados os referenciais históricos, resta investir construção do moderno e pós-moderno, para que a geração atual não viva apenas do passado, nem conviva apenas com o antigo. 

A preservação do patrimônio histórico é vista, na atualidade, prioritariamente como uma questão de cidadania e, como tal, interessa a todos por se constituir em direito fundamental dos cidadãos e esteio para a construção da identidade cultural.

O direito à memória, como direito de cidadania indica que todos devem ter acesso aos bens materiais que representam o passado dos heróis e a tradição para construir um embasamento sólido de nacionalidade e patriotismo. 

Para os historiadores, a preservação do patrimônio histórico é significativa e indispensável, mas os governantes não podem abandonar a concepção desenvolvimentista do progresso, nem as exigências modernizadoras do capitalismo para resguardar fundamentos da história.

A preservação dos bens materiais é cultural e deve recair sobre os elementos evocadores de um fato histórico notável, pois o patrimônio histórico preservado resguarda também o passado histórico dos construtores da história local.