as eleições de 1933 obedeceram aos dispositivos do novo Código Eleitoral, elaborado no governo Vargas. Na legislação estavam incorporadas tradicionais reivindicações dos constitucionalistas e também foi criada a Justiça Eleitoral com o objetivo de combater a fraude nas eleições. Tais medidas representaram um grande avanço para o sistema político.

recebendo o poder na condição de Getúlio Vargas ser o chefe do Governo Provisório, ele procurou não ajudar as reivindicações das forças políticas que lhe sustentaram. Por isso as divergências entre os grupos que subiram ao poder: civis, que desejavam a democratização do país, mas sob a tutela da elite latifundiária dando continuidade a um governo oligárquico; e os tenentes, que propunham um governo forte, centralizado e ditatorial, capaz de modernizar as estruturas do Estado.

a novidade da nova Constituição era a preocupação com a ordem social, explicitada nas conquistas trabalhistas. No que diz respeito às questões do trabalho, a Constituição estabeleceu uma série de medidas que favoreceram aos trabalhadores. A educação também mereceu cuidados do governo. Dentre suas reformas educacionais, defendeu, por ideologia, a diferenciação do ensino para meninos e meninas – para o governo, eles desempenhariam papéis diferentes na sociedade.

a ideia de estruturação de um Estado corporativista, assim como estava sendo em alguns Estados europeus, como foi o caso da Itália e da Alemanha, fez com que o governo Vargas criasse, por exemplo, o Ministério do Trabalho – no sentindo de atender a algumas reivindicações dos trabalhadores e ao mesmo tempo procurar controlá-los.

no decorrer do Estado Novo, teve prosseguimento a construção do aparelho de Estado que caracterizou toda a Era Vargas. Uma iniciativa importante foi a criação do Departamento Administrativo do Serviço Público (Dasp) com o objetivo de melhorar a eficiência dos serviços públicos, formando quadros somente com funcionários concursados.