Considere o seguinte trecho: “Nesse quadro, também a cultura — feita em série, industrialmente, para o grande número — passa a ser vista não como instrumento de livre expressão, crítica e conhecimento, mas como produto trocável por dinheiro e que deve ser consumido como se consome qualquer outra coisa. E produto feito de acordo com as normas gerais em vigor: produto padronizado, como uma espécie de kit para montar, um tipo de pré-confecção feito para atender necessidades e gostos médios de um público que não tem tempo de questionar o que consome. Uma cultura perecível, como qualquer peça de vestuário. Uma cultura que não vale mais como algo a ser usado pelo indivíduo ou grupo que a produziu e que funciona, quase exclusivamente, como valor de troca (por dinheiro) para quem a produz. Esse é o quadro caracterizador da indústria cultural: revolução industrial, capitalismo liberal, economia de mercado, sociedade de consumo” (COELHO, Teixeira. O que é indústria cultural. São Paulo: Editora Brasiliense, 1993).
A indústria cultural é um tema muito debatido no campo da cultura desde a Revolução Industrial, no século XVIII, com particularidades entre os países. Levando-se em consideração as características da cultura brasileira, pode-se afirmar, de acordo com Teixeira Coelho, que a indústria cultural no Brasil: