A bailarina e coreógrafa Germaine Acogny propõe, em princípio, uma identidade móvel para a dança moderna africana em função da defesa de interesses, sobretudo, políticos. 

Com o intuito de apresentar para o mundo a visão de uma África diferente, moderna e renovada, Germaine Acogny fez grandes apresentações internacionais, mas não pôde desenvolver o aspecto educacional da própria dança. 

Acogny foi um exemplo de resistência, de compreensão da potência dessa zona de contato entre culturas hegemônicas e contra-hegemônicas, frisando a importância das negociações materiais e imateriais nas culturas colonizadas. 

Uma corporeidade crítica foi desenvolvida a partir de Germaine Acogny e que não se contrapõe à dança moderna ocidental ao usar da mesma nomenclatura. 

De acordo com alguns teóricos, Acogny acaba propondo um paradigma moderno pautado em uma perspectiva africana ainda com uma imagem reacionária da África, sinônimo de linguagens artísticas simplistas e que somente vão ser superadas na contemporaneidade.