Questão
2012
AOCP
Prefeitura Municipal de Ortigueira (PR)
Agrônomo (Pref Ortigueira/PR)
2012
AOCP
Prefeitura Municipal de Ortigueira (PR)
Analista de Recursos Humanos (Pref Ortigueira/PR)
2012
AOCP
Prefeitura Municipal de Ortigueira (PR)
Assistente Social (Pref Ortigueira/PR)
2012
AOCP
Prefeitura Municipal de Ortigueira (PR)
Dentista (Pref Ortigueira/PR)
2012
AOCP
Prefeitura Municipal de Ortigueira (PR)
Comunicador Social em Jornalismo (Pref Ortigueira/PR)
2012
AOCP
Prefeitura Municipal de Ortigueira (PR)
Comunidade Social em Publicidade (Pref Ortigueira/PR)
2012
AOCP
Prefeitura Municipal de Ortigueira (PR)
Engenheiro Civil (Pref Ortigueira/PR)
2012
AOCP
Prefeitura Municipal de Ortigueira (PR)
Farmacêutico (Pref Ortigueira/PR)
2012
AOCP
Prefeitura Municipal de Ortigueira (PR)
Fisioterapeuta (Pref Ortigueira/PR)
2012
AOCP
Prefeitura Municipal de Ortigueira (PR)
Fonoaudiólogo (Pref Ortigueira/PR)
2012
AOCP
Prefeitura Municipal de Ortigueira (PR)
Nutricionista (Pref Ortigueira/PR)
2012
AOCP
Prefeitura Municipal de Ortigueira (PR)
Veterinário (Pref Ortigueira/PR)
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Congresso tem mais de 50 projetos de lei para endurecer a Lei Seca 

Uma das propostas, já aprovada no Senado, prevê tolerância zero ao consumo de álcool 

A perigosa combinação entre álcool e volante é tema de pelo menos 50 projetos de lei que estão em tramitação no Congresso Nacional atualmente. A maioria das propostas tem como objetivo endurecer ainda mais as punições tanto para quem bebe e assume a direção, mesmo que não provoque nenhuma ocorrência, quanto para o motorista que efetivamente causa acidentes porque está embriagado. No Brasil, cerca de 40 mil pessoas morrem no trânsito todos os anos. 

A segurança no trânsito é um tema recorrente entre parlamentares. De acordo com a Agência Câmara, já foram apresentadas 500 propostas de alteração do Código de Trânsito Brasileiro. Em 2008, foi aprovada a mudança que ficou conhecida como Lei Seca (lei de número 11.705). Ela causou polêmica por ser uma das mais rígidas da América e da Europa: a pena para o motorista pego com 6 decigramas de álcool por litro de sangue, o equivalente a dois chopes, é a detenção de seis meses a três anos. Quem bebe um copo pequeno de cerveja ou come dois bombons de licor, por exemplo, pode ser pego no bafômetro e levar multa de R$ 957,70, além de perder a carteira de motorista e ter o carro retido. 

No entanto, deputados e senadores querem ainda mais rigor. Um dos projetos que avança no Congresso é do senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES). O PL 2788/11, que foi aprovado em dezembro no Senado e chegou à Câmara, prevê tolerância zero ao álcool no volante. A ideia de Ferraço é criminalizar o ato de dirigir sob a influência de qualquer concentração de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência - ainda que o motorista não tenha se envolvido em acidentes. - Da mesma forma que é crime portar arma, deve ser crime dirigir alcoolizado, pelo risco que isso representa. Uma vez endurecido o jogo, os indicadores de acidentes e mortes no trânsito irão se reduzir. 

O senador defende ainda o uso de outras provas para comprovação da embriaguez, além do conhecido teste do bafômetro e do exame de sangue. Poderiam ser feitos exames clínicos, perícia, provas testemunhais, fotos e vídeos. O texto prevê agravantes para os casos de acidentes. Quem provoca a morte de alguém poderia pegar até 16 anos de prisão. 

O deputado Hugo Leal (PSC-RJ), que coordena a Frente Parlamentar em Defesa do Trânsito Seguro, diz que o projeto pode ser analisado na Câmara no primeiro trimestre deste ano. No entanto, o texto deve passar por modificações na Comissão de Viação e Transportes. Leal avalia, por exemplo, que a tolerância ao álcool não pode ser zero, porque deve haver margem de erro de, pelo menos, 0,1 decigramas. Além disso, diz que a punição de 16 anos de prisão é excessiva quando comparada a outras penas criminais. - A iniciativa dele [senador Ricardo Ferraço] é positiva. É a partir dela que vamos fazer as adequações na Legislação. O ponto que mais interessa no projeto, explica Leal, é deixar clara a possibilidade de obter outras provas de embriaguez. Como existe o entendimento jurídico de que ninguém pode produzir provas contra si mesmo, muitos motoristas se recusam a fazer o teste do bafômetro. 

O presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci, vê como abusivas tanto a atual Lei Seca quanto as tentativas de torná-la ainda mais rigorosa. - As pessoas que bebem em excesso devem serpunidas. Mas um país não pode criminalizar o cidadão responsável que toma uma taça de vinho com a refeição. Desde que entrou em vigor, a regra é contestada pela entidade no STF (Supremo Tribunal Federal). Neste ano, a Corte deve fazer audiências públicas para discutir o assunto. Para a Abrasel, a lei tem sido pouco eficaz na redução da violência no trânsito. A associação entende que seria mais eficaz trabalhar com campanhas educativas. 

O presidente da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego), Mauro Augusto Ribeiro, é um defensor da Lei Seca, mas admite que faltam ajustes para que ela funcione melhor. Ele pede mais fiscalização e diz que a violência no trânsito é um problema de saúde pública, que precisa ser combatido em várias frentes. De acordo com o médico, a lei deve prever tolerância baixa ao álcool, pois as pessoas reagem de formas diferentes a seu consumo. Quem é mais sensível ou não está acostumado com bebida pode ter alterações importantes com apenas um copo de cerveja, teria afirmado o médico. Na opinião de Ribeiro, um dos principais pontos a serem aperfeiçoados na lei é o uso do bafômetro, que deve ser estimulado até como forma de demonstrar que o cidadão não está bêbado. Ele ressalta a importância da norma e lembra que, nos primeiros 30 dias de sua aplicação, houve redução de 50% das mortes no trânsito. - Essa redução seria vista até hoje se a lei, de fato, funcionasse. [...] O nosso sistema preventivo é ineficaz. Temos uma lei que proíbe o uso de álcool, mas não fiscalizamos. Se não fiscalizamos, não punimos e não obrigamos o uso do bafômetro. Não basta fazer uma lei. 

Adaptado de http://noticias.r7.com/brasil/noticias/congresso-temmais-de-50-projetos-para-endurecer-a-lei-seca-20130120.htm, 22 de janeiro de 2012

De acordo com o texto, é correto afirmar que
A
as leis que estão em trâmite no Congresso Nacional visam punir mais duramente e restritamente aquelas pessoas embriagadas que assumem a direção de automóveis e acabam provocando acidentes fatais.
B
no Congresso Nacional, entre os parlamentares é de consenso de todos que não deve haver tolerância para nenhuma quantidade de álcool no organismo de quem assume a direção de um veículo e que a pena para os infratores deve ser superior a 16 anos de prisão.
C
a bebida atua da mesma maneira em diferentes indivíduos, independente da tolerância de cada um, o resultado é sempre o mesmo, um copo de cerveja ingerido por diferentes indivíduos apresentará a mesma reação em cada um deles.
D
a Lei Seca, aprovada em 2008 no Brasil, não é considerada muito rígida, pois há na Europa e na América leis com punições muito mais rígidas para pessoas que cometem infrações que envolvem bebida alcoólica e direção.
E
para o Deputado Leal é necessário buscar outras maneiras de comprovação da embriaguez, pois ainda ocorrem muitos casos de motoristas que se recusam a realizar o teste do bafômetro, porque a lei permite esta recusa pela existência do entendimento jurídico de que ninguém pode produzir provas contra si mesmo.