Estabeleceu uma poética própria, criada através do manifesto antropofágico de Osvald de Andrade; as cores fortes remetem a fauna e a flora brasileira. Na cena do quadro “Café”, usa a perspectiva linear, mostra a colheita e o ensacamento do café, por mulheres e homens em sua luta diária e a exploração de trabalhadores.

Nos dois anos que esteve na Europa, foi influenciado pelas vanguardas europeias, tornando-se, essencialmente, futurismo, sendo tocado, sobretudo, pela obra de Umberto Boccioni. A cena do quadro “Café”, organizada em dois eixos verticais, mostra a colheita e o ensacamento do café e o trabalho árduo de homens e mulheres, figuras idealizadas de trabalhadores.

Estabeleceu diálogos produtivos a partir dos quais elaborou sua poética própria, influenciado pelo realismo, expressionismo, cubismo, sobretudo as figuras agigantadas de Picasso. A cena do quadro “Café”, organizada em dois eixos diagonais que convergem no primeiro plano, mostra a colheita e o ensacamento do café. No encontro das duas diagonais, há figuras idealizadas de trabalhadores.

Foi um dos poucos a atingir, entre as décadas de 1930 e 1940, os propósitos da Antropofagia, de “engolir” as culturas exógenas para produzir algo original e brasileiro, se apropriou de elementos formais de Raoul Dufy, de Matisse e até mesmo de um certo caráter Naïf de Rousseau. A cena do quadro “Café” organiza no primeiro plano trabalhadores com traços simples, formas planas e sem grandes detalhes e imagens desfocadas no segundo plano.