CERTO.

A questão exigia o conhecimento do art. 5º, inc. XVII, da Constituição Federal (CF/88):

Art. 5º [...]

XVII - é plena a liberdade de associação para fins lícitos, vedada a de caráter paramilitar;

Do dispositivo constitucional percebe-se que a liberdade de associação é ampla e é a regra, desde que para fins lícitos.

Desse modo, como defender mudanças legislativas e constitucionais (projetos de lei e projetos de emenda à Constituição) faz parte de um Estado Democrático de Direito, não há óbice em uma associação proceder dessa forma.

Aliás, podemos entender isso até mesmo como extensão do direito fundamental à liberdade de expressão, insculpido no art. 5º, inc. V:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;

Correto, portanto, o item, já que não há proibição no ordenamento jurídico brasileiro nesse sentido.

As associações, nos termos do art. 53 do Código Civil, são constituídas pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos.

Ademais, as associações possuem autonomia quando da sua criação e até mesmo no seu funcionamento, sendo vedado que o Poder Público interfira no funcionamento interno dessas entidades, bem como que condicione a criação delas a qualquer tipo de autorização.

Além disso, a CF/88 garante, como nota-se do dispositivo acima transcrito, liberdade de associação, desde que para fins lícitos e desde que não haja coação para associar-se ou para permanecer associado.

Desse modo, podemos citar como exemplo de fim lícito comum para que pessoas possam se associar o fato de todas elas integrarem o setor supermercadista como no caso da ABRAS - Associação Brasileira de Supermercados.

Entretanto, a CF/88 VEDOU a liberdade de associação para fins PARAMILITARES, que são associações de civis armados e com funcionamento semelhante ao das forças militares, mas que delas não fazem parte, tampouco possuem legitimidade para nesse sentido atuar.