Com relação ao Canto Gregoriano podemos afirmar que:
I. É um gênero de música vocal originalmente polifônica (com mais de uma melodia), não acompanhada, ou acompanhada apenas pela repetição da voz principal com o organum, possui um ritmo bastante marcado e preciso, utilizada pelo ritual da liturgia católica romana, a idéia central do cantochão ocidental.
II. As suas características foram herdadas dos salmos judaicos, assim como dos modos (ou escalas, mais modernamente) gregos, que no século VI foram selecionados e adaptados por Gregório Magno para serem utilizados nas celebrações religiosas da Igreja Católica.
III. Somente este tipo de prática musical podia ser utilizada na liturgia ou outros ofícios católicos. Só nos finais da Idade Média é que a polifonia (harmonia obtida com mais de uma linha melódica em contraponto) começa a ser introduzida nos ofícios da cristandade de então, e a coexistir com a prática do canto gregoriano.
IV. Pode ser perfeitamente compreendido sem o texto que não tem qualquer primazia sobre a melodia. Alguns monges utilizavam uma impostação de voz de tipo operístico, em que se buscava o destaque do intérprete.